cachorrinho

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5 de novembro

Esses ultimos dias fiz tantas campanhas para a minha mãe que ao menos sei o que é dormir bem. Mateus está sempre falando comigo pelo wpp e na próxima semana ele estará aqui de novo e marcamos um passeio de iate.

Junior nunca mais deu nem um oi, se quer e eu tenho sentido muito a falta dele, mesmo que fosse só para ele me irritar. Soube pelo Álvaro que ele ainda continua saindo feito louco e está até indo mal no futebol, mas enfim, eu nunca tive e não vai ser agora que vou ter algo haver com sua vida que fosse fora da minha cama.

Acordei com a garganta queimando e meu corpo pegando fogo, ótimo. Estou doente. Tomei um banho gelado, quase implorando por alguma ajuda. Me sequei, me vesti e escovei os dentes. Desci atrás de algum remédio e não encontrava bosta nenhuma!
Fiz um chá e voltei para o quarto.
Deixei a xicara na comoda e me deitei, me cobri inteira, mas meu corpo já estava esquentando outra vez.

Droga!

Tentei ligar para minha mãe e sabia que seria em vão porque ela não atende quando está resolvendo desfile da intimissimi, ainda mas que é o desfile de verão.  Desisti depois de tentar 3 vezes, apertei na conversa do Junior e ele estava online. Apertei na ligação e esperei que me atendesse.

×××××

Ué, veio atrás do cachorrinho?
Junior, por favor.
Pra você me ligar assim, o que foi?
Acordei mal e não estou conseguindo falar com a minha mãe. – gemi, porque ardeu a garganta.
Hm, entendi.
Cê pode me ajudar? Só trazer o remédio mesmo.
Porque você não comprou?
Estou febre, Junior! Mal consigo ficar de pé.
Caralho, mano. Só me fode!
Vai vim?
Daqui uns 15min, tô ai.

Desliguei aliviada por ele ter aceitado me ajudar. E até um pouquinho feliz, porquê ia vê-lo. Como ele ainda tem a chave, não me procupei em descer para abrir a porta, liguei a TV e coloquei no bob esponja.

— Tá foda mesmo, hein. Bob esponja!

— Aprendi contigo. – sorri sem mostrar os dentes.

— O que você tem?

— Garganta doendo, corpo, dor de cabeça e febre. Tá bom ou quer mais?

— Querer eu quero, mas você tem que tá boa para isso. – ele riu sozinho e eu o olhei de boca aberta.

— Tá de roupa? Bora no hospital.

— Ahhhh não, Junior.

— Ahhhh sim, Kyara. – imitou a minha voz, me tirou da coberta. Desligou a teve e descemos

Quis matar o filho duma mãe, do Junior. Agora tô aqui, com a bunda de fora. Esperando a desgraça da bezetacil. Resmungo e a enfermeira levanta a minha roupa.

— Doeu?

— Claro, né caralho.

— Eita, calma. Bora, ainda tem que passar na farmacia.

— Tá.

Sugar Daddy 》 NJROnde histórias criam vida. Descubra agora