Sugar Daddy 》 NJR

pedaço de nos

K Y A R A.

É incrível notar como a nossa vida e o nosso relacionamento vinha melhorando a cada vez mais. Junior já havia voltado a morar na nossa casa e estava em seus últimos dias de jogos e treino deste ano. Fascino já se expandido por mais seis lojas por dentro e fora de Barcelona.

Paulina havia sido condenada e presa, o que me aliviou muito. Após a poeira abaixar, lançamos uma nota oficial na mídia e isso pareceu acalmar de vez toda zona feita.
Os pais do Júnior e sua irmã, se afastaram bastante de nos e eu sou bem grata por isso sim, pois nos fez ver o quanto a presença deles nos afetava.

Eu já estou a pouquíssimos dias para completar os nove meses e já não aguento todo o peso da minha barriga e sem contar que mal durmo pois não acho nenhuma posição minimamente confortável. Acabei piscando algumas vezes para fugir dos meus devaneios. Desliguei a música que vinha do meu celular e saí da banheira com um pouco de dificuldade e muito cuidado, me sequei e pendurei a toalha, saindo nua do banheiro.

— Que isso, menina?! — Junior dar risada ao me ver e deixa sua mala no canto do quarto.

— Iria me arrumar para te esperar, mas olha... Tá foda, hein.. — acabo rindo também e ele segurou meu rosto dentre suas mãos, selando minha boca.

— Vem cá, bebê. Eu te ajudo. — Revirei os olhos e dei um tapa em seu braço, ele riu, mas me ajudou mesmo a colocar minha roupa. Bella que só em escutar a voz do pai já começava a fazer uma festa na minha barriga, o que me causava dores na costela.

— Ai, Bella. Caramba, sossega a piriquita, menina. — passo minhas mãos sobre a barriga e o Júnior ficava fazendo suas gracinhas.

— Tá feliz porque o papai chegou, pô. Vem, vamos descer... Eu trouxe pizza. — concordei e beijei sua boca.

Passamos o ínicio da noite, largados no sofá, conversávamos sobre coisas aleatórias e eu comecei a ficar cansada, Júnior ficou de arrumar a nossa bagunça e eu subi para o nosso quarto, me deitando na cama e pegando no sono logo em seguida.

(...)

— Amor? Kyara! — sinto meu homem me cutucar e abri apenas um dos olhos, e tomei um susto enorme quando uma pontada forte atingiu o pé da minha barriga. — Amor, cê fez xixi aí...

— Xixi, Júnior? A bolsa estourou merda! — Me virei na cama tentando buscar um conforto e o Junior me encarava com os olhos arregalados. — Me ajuda, inferno!

— É.... porra! O que eu faço? Me ajuda Kyara! — ele corria dentro do quarto pegando o que na cabeça dele era necessário e eu mordia meu labio tentando amenizar o problema.

— Quem vai parar um ser humano sou eu, não é bem você quem precisa de AJUDA! — grito e o Júnior finalmente aparece para me dar apoio e eu sou quase arrastada até o carro. Me deitei nos bancos de trás e o Junior deu a partida enquanto gritava ao celular.

— ELA VAI NASCER PORRA! SIM... ESTAMOS INDO PRA O HOSPITAL. PORRA, SEI LÁ JOTA. TÁ, TÁ.... AVISA.

— Neymar Júnior, preste atenção no caralho desse trânsito, você não é louco de nos enfiar em um acidente. — quase ronrono e enfiei as unhas no estofado do banco quando senti as pontadas aumentarem, ainda tentando conter a minha vontade de gritar. Ao menos sobre  minha respiração eu ainda tinha o mínimo de controle, senti outra pontada mais forte e o sacolejar do carro quando o Junior freou. Depois que nos encaminharam para o quarto, eu já estava começando a me acalmar mas me irritei com o Junior andando de um lado a outro.

— Pare de andar e vá chamar a Doutora. — ordenei e uma dor mais forte que todas me atingiu em cheio. — FILHO DA PUTA, NUNCA MAIS VOCÊ FAZ UM FILHO EM MIM!