fascino.

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Já havia se passado algumas semanas desde o acidente do Junior, para ser mas exata... quase dois meses.

A mídia ainda estava em cima, mas não tanto como antes. Os amigos, família e companheiros de equipes continuavam indo ver ele, ou, ligavam sempre que possivel para saber se tinhamos alguma novidade no quadro médico.

Não me aproximei de mais ninguém além do Gil e do Jota. Aliás eles quem me acodiram um dia desses que me senti muito mal e chegueia vomitar algumas vezes. Mas creio que não seja nada que eu deva realmente me preocupar.

Eu ainda estava indo todos os dias ao hospital, passava horas lá contando para ele como eu tinha passado o dia e como estavam todos. E essa semana contei sobre os meus primeiros dias na fascino. Minha recém nascida loja de roupas,  eu havia iniciado o projeto há uns três meses atrás e no ínicio desta semana finalmente concretizei e abri a mesma. Tem algumaz roupas que eu mesma desenhei e outras pessoas que vem da intimissimi. Minha mãe vem me ajudando muito e me dando todo o apoio possivel sobre toda a parte de administração da loja e também a parte financeira. Está tudo caminhando muito bem, a loja fica localizada em um shopping perto do meu apartamento não levo mais do que quinze minutos para chegar até aqui, o que me ajuda muito, abro ela ás oito da manhã e fecho ás quatro da tarde.

Estava ajeitando algumas peças na arara e minha mãe adentrou na loja.

— Olá, meu bem.

— Oi, mãe. — sorri e ela deixou um beijo em meu rosto.

— Ficou tudo um amor, você conseguiu arrumar bem bonitinho.— ela passeava dentro da loja e eu estava me sentindo extremamente orgulhosa.

— Ficou, não é?

— Sim, vou trazer seu pai para conhecer. — ela me encarou com um sorriso no rosto e eu assenti. — Trouxe cappuccino e croissants.

Abri a bolsa da cafeteria morrendo de vontade, mas foi apenas sentir aquele aroma, que deveria ser delicioso e não enjoativo. Senti todo o meu estomago se revirar em um enjoô absurdamente forte. Soltei a bolsa no balcão e corri rapidamente para o banheiro da loja, coloquei tudo que havia em meu estomago para fora e pressionei a descarga, fechei a tampa do caso e me sentei por cima da mesma me abanando.

— Kyn, quando foi a sua última menstruação?

— Que? Não! Não!

— Você está grávida, meu bem.

— Claro que não mãe, pelo amor de Deus. Não é o momento pra isso.

Me levantei e lavei meu rosto, enxaguei minha boca e me olhei no espelho. Tentei calcular mentalmente e cheguei a conclusão de que as menstruações desse ano não vieram e já estamos para entrar no mês de março. M.e.u D.e.u.s!

Minha mãe estava ridicularmente toda felizinha enquanto eu me tremia inteirinha. Fechamos a loja antes mesmo das quatro pois eu já não conseguia me manter em pé, de tanto nervoso.

— Vamos nesse laboratório aqui do shopping mesmo, Kyara.

— Ahn, mãe! Deixa para amanhã, quero ir ver o Neymar. — resmunguei e ela negou.

— Claro que não! Vamos fazer hoje.

— Estou com medo. — assumi por fim e ela me encarou séria.

— Pare com isso, não tem a mínima necessidade. Vamos.

Me deu a mão e saiu me puxando como se eu fosse uma criança birrenta de cinco anos de idade e eu não achei errado porque era exatamente assim que eu estava me sentindo e me comportando.

Dei os documentos necessarios para a atendente fazer a minha ficha, aguardei alguns minutos e a enfermeira chamou meu nome para que fossemos retirar meu sangue. Colhi e ela me entregou uma nota dizendo que o exame ficaria pronto hoje, ás nove da noite. Paguei tudo e saí de lá com a minha mãe falando sem parar por um segundo se quer.

(...)

— Assim que você pegar, me ligue. Me ouviu?

— Tá, mãe. Eu vou ligar. Mas eu vou ir ver o Júnior.

— Eu sei, meu bem. Mas não se esqueça de me ligar. Vai dar tudo certo, ok?

— Esta bem, te amo mãe. Obrigada por tudo.

— Também amo você.

Nos abraçamos e ela entrou no carro dela e eu caminhei até o meu, agora meu coração batia ainda mais forte. Ansiosa para ir mais um dia ver o meu amor. Destravei o carro e entrei jogando minha bolsa e alguns papéis da loja sobre o banco do carona. Liguei o carro e o aquecedor e logo tomei o caminho para o hospital.

(...)

— Oi amor. Sentiu minha falta, não é?
— sorrio e me aproximo de seu rosto para selar sua testa e me sento na beirinha da cama. — Hoje estou um pouco mais cansada, mas nunca vou deixar de vim te ver. Estou morrendo de saudades, o que você acha de acordar hein?! — sorri sozinha e acariciei seu rosto. — Seria bom sabe, poderiamos sair desse hospital  e comer uma pizza de calabresa lá em casa com uma coca bem geladinha, como você gosta... E bom, eu também iria te encher de beijos. Acho até que tem uma pessoinha vindo por aí e ela iria comer conosco.

Comecei a contar tudo que fiz durante o dia e a loucura que estou com alguns esborços que tenho que terminar o quanto antes e entregar para as minhas costureiras, que aliás são perfeitas no que fazem.

Peço incansávelmente que ele volte, acorde e transmita aquele sorriso largo que encanta qualquer um que ver. Seus olhos esverdeados que me fascinam e e daí que eu tirei o nome da minha loja e posso apostar qualquer coisa que ele vai ficar todo se achando o fodão quando souber, sorrio por pensar nisso e me sinto um tanto sozinha. Acaricio sua mão que eu sempre pouso sobre a minha e sinto ele apertar com uma leveza quase impercepitivel, eu quase gritei e senti meu peito se esquentar de felicidade.

— Ju..Junior, por favor amor. Faz mais uma vez.

Era como se ele me escutasse perfeitamente e obedeceu me dando outro aperto leve só que um pouco mais forte que o primeiro, o calor que ele transmitiu percorreu sobre todo o meu corpo e eu senti com uma certeza ainda maior que ele está cada vez mais perto de voltar, voltar para mim.

— Eu te amo tanto meu bem, tanto. Estou morrendo de saudades.

— Kyara?

— Ahn, oi. — seco meu rosto sem jeito e vejo que ela já estava vestindo a roupa azulada.

— Posso aproveitar o meu filho, um pouquinho?

— Cla-claro! Eu já estava mesmo indo embora. — sorrio totalmente sem graça. E me volto para o Junior, selo sua boca e deixo um beijo em sua bochecha. E sussuro apenas para ele. — Até amanhã, daddy.

Saí do quarto o deixando com sua mãe, joguei outra vez aquela roupa e a máscara no lixo. E caminhei até o fim do corredor, apertei o botão acionando o elevador e passei a balançar meu corpo sobre as pernas em uma ansiedade estranha.

Guiei novamente para o caminho de volta para o shopping, estacionei mesmo do lado de fora em uma vaga que era para ocasiões rápidas de até quinze minutos sem multa. Saí do carro apenas com a minha carteira e a chave do carro em mãos, travei o carro e atravessei a rua adentrando no shopping. Minhas pernas se chacoalhavam por dentro, cheguei finalmente no laboratório e informei a recepcionista que eu estava li para buscar o resultado do exame, já se passava das nove e meia e claramente já estava pronto. Entreguei a nota para ela e ela me entregou o envelope, o segurei firme e assim fui até o meu carro.

Respirei fundo e apoiei meus braços no volante e comecei a rasgar o envelope abrindo o mesmo, puxei o resultado do exame e guiei meus olhos sobre a folha, nome, data, idade, explicações e por fim o resultado:

POSITIVO.

Sugar Daddy 》 NJROnde histórias criam vida. Descubra agora