só ele.

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Meu peito parecia que iria pegar fogo, minha boca estava seca e tão pouco eu iria conseguir dizer algo para ele. Encurtei a distância entre nos e beijei sua bochecha, esperei ele ter alguma reação e ataquei sua boca, sua mão apertou a minha cintura e eu prolonguei ainda mais o nosso beijo.

Sempre foi incrivel a forma em que nossas línguas dançam em sintonia, o beijo que se encaixa em perfeito alinhamento.

Como eu nunca parei e percebi que o tempo todo era para ser ele? Só ele.

Ele quem encerrou o beijo, me selou duas vezes e me encarou, coloquei uma mecha de meu cabelo para trás de minha orelha e ele deu um sorriso.

— Não imaginava começar o ano assim.

— Eu também não, assumo.

— O que te fez vim ate a mim? Despois de você me dizer tudo aquilo...

— A minha avó, na verdade, ela já estava há algum tempo me alertando sobre... ahn, a gente?

Caminhavamos pela beira-mar, ele estava com as mãos dentro dos bolsos de sua bermuda e eu abracei meu próprio corpo.

— Eu sei que fui um completo idiota com você, mas você nem me deu chances de explicar. Não estou tirando minha culpa, mas é só que... Porra, é sempre tudo muito complicado entre nós dois. — ele travou o maxilar e eu me arrepiei inteirinha.

— Desculpa.

Foi apenas um sussuro, mas eu queria gritar para ver se diminuía toda essa angustia, porquê sempre é tudo impossivel sobre nós dois?

— Kyara, eu quem fiz a merda. Não vou te negar que retribuí o beijo da Catherine e depois ainda alimentei mais ainda as especulações, saindo com ela.

Eu assenti e nos sentamos lado a lado na areia, as ondas quebravam a pouquissimos metros de nos. O celular do Junior não parava de apitar e aquilo estava me irritando, bufei e ele percebeu. Pegou o celular, desbloqueou e ficou digitando.

Eu queria chamar a atenção dele mas não sabia o que fazer, ele não tirava os olhos do celular e eu realmente estava ficando puta com aquilo.

A lata de redbull que ele bebia já estava largada ao lado dele, por fim ele atendeu uma ligação e eu peguei aquilo como uma brecha. Me destanciei dele, completamente arrependida de ter vindo até aqui,
eu sou uma idiota.

Com certeza.

Pra que fui escutar a minha avó? Agora estou aqui andando feito um caralho e com o rosto queimando de raiva e chorando um rio inteiro.

Burra! Burra!

Nunca que ele deixaria de curtir o reveillon dele para "se acertar" comigo, se é que tinha algo para consertar.

(...)

Não sei nem como e por quanto tempo eu caminhei, mas logo eu estava na praia em que a Catrina tinha me dito que estaria e logo a encontrei, acenei para a mesma e me aproximei. Ela me apresentou alguns de seus amigos e eu logo fiz toda a questão de beber. Talvez assim eu esquecesse o lapsio de retardo mental que tive em ter ido atrás do Neymar.

Ja era quase três da manhã quando começou a tocar alguns eletronicos e eu resolvi para um pouco na bebida e me sentar a beira-mar, já estava descalça. Fiquei brincando com a água que molhava meus pés e por fim me deitei na areia, a água estava a chegar quase a molhar meus joelhos mas eu não queria me importar com isso.

Deitei meu corpo na areia e encarei o céu, lembranças do ano que acabou de terminar vinheram a tona, a morte do vovô, as minhas loucuras, a minha recente amizade com Jamez e por fim e em muitas delas, ele.

Foram quase dois anos, desde aquele dia que o conheci, desde a primeira transa, desde que assinei o contrato e aceitei todo os termos para que ele fosse o meu sugar daddy. Mas falhei... eu sou falha, sou ser humano e temos os nossos momentos de fraqueza.

E justo o que nunca poderia acontecer. Aconteceu.
Eu me apaixonei por ele.

Será que essa porra de sentimento só veio para me machucar?

Sugar Daddy 》 NJROnde histórias criam vida. Descubra agora