minha filha.

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KYARA

Acordei com uma luz tão forte no meu rosto que fez com que meus olhos ardessem. Esfreguei os mesmo e guiei meu olhar para a minha barriga que ainda continuava bem redondinha. Passei a mão sobre a mesma e escutei a voz rouca do meu namorado, ecoar pelo quarto.

— Deveria ter pensado nela antes de ir socar a todos. Você foi completamente inresponsável, Kyara. Caralho, você tem noção do quanto que colocou a sua filha em risco?

Ele estava do outro lado do quarto, apoiado na parede com os braços cruzados e seu maxilar inteiramente travado demostrando o tamanho de seu transtorno. Me arrepiei inteira, tentei falad mas não conseguia buscar nenhuma justificativa... engoli á seco.

— Me desculpa amor, mas eu só pensei em me defender de tudo que estavam falando de mim. Eu estou á meses aturando tudo isso. — desviei meu olhar de seus olhos e encarei as minhãs mãos que brincavam com a ponta do lençol, a dobrando e desdobrando.

— Aguentasse mais alguns meses e aí sim, depois que a Bella nascesse e estivesse em total segurança e já fora de você, você iria agir como bem entendesse.

— Mas, preto...

— Não! Não tem mas algum, tanto eles quanto você me cansaram com toda essa merda. Ninguém pensei em momento algum na minha filha. Só pensaram no ego fodido de vocês. — ele dizia com tanta raiva que eu já estava assustada. — Se eu fiz o maldido contrato com você e depois disso me apaixonei sabendo completamente quem você sempre foi, ninguém tem que opinar em porra nenhuma que se diz ao meu respeito, a minha vida. Estou exausto disso, não vou continuar no meio dessa guerra infernal!

— Você está terminando comigo por conta da briga? VOCÊ É RIDICULO!

— Não, eu não sou. E não foi apenas pela briga e sim por tudo desde que acordei do coma, vocês só brigam, brigam e brigam só que agora no meio dessa zona existe uma criança. Pense nela e não só em você... — ele negou. — Você não pensou nela em momento algum, Kyara. Não é atoa que você está bem aqui.

— Amor, não faz isso.

— Eu já fiz, tirei todas as minha coisa lá de casa. Não se preocupe em me ver quando chegar lá... Eu preciso de um tempo longe de tudo isso. — meu peito estava queimando e meu choro já era audivel para qualquer um. — Acabou, Kyara.

Eu não tive tempo nem de esperniar, ele abriu a porta do quarto e saiu instantes depois. Meu choro ficou alto o suficiente para incomodar até a mim mesma. Tentei me controlar, mas foi impossivel quando me senti abraçada por minha mãe.

NEYMAR JUNIOR
O hotel era próximo da minha antiga casa, larguei minhas coisas por lá. Me troquei e coloquei um tênis. Precisava correr. Talvez em um pensamento inocente demais, eu acreditava que assim poderia fugir de todo esse tormento.

Minha mulher e minha filha longe de mim por conta de uma guerra que nunca pensei em presenciar e tão pouco fazer parte da mesma.

Parei a corrida depois de quarenta minutos e estava na rua da minha antiga casa. Andei até a mesma e cumprimentei os seguranças e entrei na casa. Minha mãe estava no sofá assistindo tv, havia um curativo em seu nariz.

Como um piscar de olhos eu já estava em seu colo, chorando tudo  que prendi todos esses últimos meses e acho que foi tanto que adormeci ali.

KYARA.

Quando cheguei em casa corri até o quarto, alimentando a esperança de ver o meu amor deitado por lá e sorrindo enquanto me olhava. Mas foi sem sucesso algum.

Sua parte do closet tinha um resto pequeno de seus pertences e meu peito voltou a apertar, catei uma foto nossa que estava caída no chão e passei a ponta dos dedos pela mesma. Saudades já estava machucando.

Me despedi dos meus pais e jantei a lasanha de minha mãe, mesmo sem sentir o mínimo de fome. Me arrastei até o quarto novamente, coloquei um pijama e me joguei na cama.

×××

Já havia uma semana, sem sinal algum de volta, sem nenhum contato.

Liguei a tv e conseguia achar nada que pudesse me prender e fazer toda a minha atençdo focar nela em pleno sábado a noite. Desbloqueei meu celular e vi que havia algumas mensagens no direct. Abri a mesmo e preferia não ter feito isto, era fotos dele com outras. Sorria, dançava e até segurava uma pela cintura enquanto se embebedava de algo.

Sequei meu rosto e joguei o celular longe. Ele estava seguindo em frente sem dó algum de mim. E agora era apenas eu e a minha pequena Bella, era mágico como ela poderia saber que  iria me deixar um pouco feliz ao chutar pela primeira vez.

— Oi, amor de mãe!

Minha barriga formava ondas pequenininhas e me dava até cócegas com os movimentos da minha pequena que já se aproximava dos seus cinco meses. Acabei adormecendo enquanto conversava com a mesma.

Já se passava das quatro da manhã quando despertei de um pesadelo que fazia questão de me perseguir desde que o Junior me deixou. Era tão real que me causava arrepios sempre eu acordava e me fazia pensar se ele  seria mesmo capaz de tirar a Bella de mim, logo após nascer.

Levantei com calma e fui até o banheiro, lavei meus pulsos, rosto e a nuca... me trazendo alguma calmaria. Controlei a minha respiração e por fim estava serena outra vez.  Bebi um pouco da água que eu tinha posto ao lado da cama e meu celular acendeu com seguidas mensagens do Junior.

Sugar Daddy 》 NJROnde histórias criam vida. Descubra agora