vai se arrepender

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Liguei o carro outra vez e fiz o percurso até a boate onde eu vi a Kyara pela primeira vez. Fiz uma pequena ronda pela mesma e parei nos fundos, onde o Cebola e o Jota estavam me esperando.

— Eaí? É por aqui mesmo?

— É, pô. O sinal ficou mais forte quando viemos aqui para os fundos. — Jota apontou para uma janela bem pequena e eu assenti.

— Vamos entrar ou prefere chamar mais alguém? Eu deixei o Jaca e o bigode sobre aviso. — Cebola coçava a nuca e eu tentei arquitetar um plano bem rápido.

— Não, vamos entrar só nos mesmo. Eu conheço a dona daqui, ela sempre me deu mole descaradamente e isso vai facilitar as coisas pra mim e saber de onde vem o sinal.

— Então, só vamo. — Jota parecia animado demais e eu acabei rindo.

Entramos na boate com muita facilidade, estava bem movimentada mas não o suficiente para que nos notassemos logo. Olhei para o Cebola que olhava em volta e encarava o celular dele, que era de onde estávamos monitorando o sinal do tal computador.

— Deixa o teu telefone comigo, a Paulina logo vai se aproximar e ela me levando lá para os fundos vai ficar mais fácil. — Apontei e ele assentiu.

— A senha é vinte e sete, dois, seis. — assenti  pegando o telefone dele e lhe entregando o meu.

— Vinte e oito, zero, sete. — sorrio fraco me recordando ser a data de aniversário da Kyara.

— Olha só se quem é vivo sempre reaparece, não é?

— Boa noite, Paulina. — sorrio falso e ela passeou as pontas de suas unhas por meu peitoral.

— Voltou atrás sobre algumas de minhas meninas? — ela dizia e os meninos fingiram estarem conversando entre si e olhando as minhas no pole dance.

— Na verdade... estou mais interessado na dona do lugar. — tentei parecer firme e ela arqueoou as sobrancelhas.

— Huh? Está falando sério, menino Ney? Realmente, Kyn não deu conta de você.

— É... parece que não. — apertei a sua cintura e ela esboçou um sorriso largo.— Podemos ir para um lugar mais reservado?

— Ahn... claro, venha. — ela se pós a minha frente e foi nos guiando diretamente para os fundos da boate, como eu já havia imaginado. Me arrisquei em dar uma olhada rápida no celular do cebola e o sinal ficava cada vez mais elevado. Eu estava próximo de descobrir tudo, se seria alguma menina daqui ou...

Não... será que ela seria capaz disso?

— Prefere um quarto ou o meu escritório já lhe atende, Ney?

— O que você preferir, eu aceito.

— Bem, então vamos ao meu escritório, só assim não seremos incomodados. — ela me olha mordendo os lábios e eu sinto meu estômago revirar. Ela fechou a porta assim que entramos e se abaixou no frigobar, o celular do cebola vibrou e eu olhei pelo eclã.

Jota irmão.
É aí, porra.
O notebook tá aí dentro!

Bufei puto, digitei a senha no celular. Era ali mesmo. Estava com o sinal completamente cheio. Era ela e eu vou fazer ela falar.

— Ney? Whisky?

— Sim, claro. Precisamos esquentar a nossa noite. — ela sorriu e se aproximou de mim com o copo, colocando uma pedra de gelo dentro. Beberiquei o mesmo e ela virou o dela de uma só vez.

— Hmm... Sabe, Ney... naquela noite era pra você ser meu. — assenti. — Mas ela o roubou de mim. — suas mãos passeavam pelos meus musculos de um dos meus braços. Servi outra  vez o seu copo  e a ofereci, do jeito que ela bebê rápido logo estará bêbadao suficiente para que eu a faça confessar tudo. 

— Sua boca é linda, mas preciso provar, sabe Ju... só pra ter o seu gostinho.

— Ahn, é? — me fiz de bobo, segurei em sua cintura a colocando em cima da mesa e lhe dei mais whisky.

— Me beija, ande!

— Calma moça, vamos chegar lá.

— Pensei que você fosse um pouco mais safado, sabe, pelo o que ouvi da Kyara. — ela me olhava como se me desafiasse a comprovar o que ela dizia. — ri negando, é claro, com certeza a Kyara comentava sobre as nossas noites com a Paulina.

— É eu sou, mas você... — ajeitei o seu cabelo o jogando para trás de seus ombros e ela olhava para a minha boca. — Quero ir mais devagar, gata. — ela mordeu o lábio, enfiou a mão por debaixo do meu casaco e por consequência da minha camisa. Arrastou a ponta das unhas e eu arfei, não de tesão e sim de dor.

Com toda a certeza, ela não sabe fazer isso.

Como a Scott pode te deixar tão soltinho assim? É pecado um homem desses, solto.

— Porque fala tanto dela? — ela bebeu outra vez, o quarto copo de whisky.

— Peguei um certo ódio quando ela deu as costas para a boate, sabe? Ela era a melhor daqui e saiu sem mas nem menos.

— Foi por uma boa causa não?

— Uma causa delicosa, eu diria. — sorrio e ela tentou beijar a minha boca. Mas desviei e ela deixou o beijo no meu pescoço e depois o mordeu com leveza.

— Você viu o tanto que estão falando de nos?

— Clã..claro! — gargalhou  — Acho que te.. ahn, fiz um fafor.

— Como é?

— Né...Neymar vamblos lá, vice é espertinho que eu sei.

— Não, me explica gata, estou perdido. — me fiz e ela assentiu rindo.

— Fácil pra caralho fazer rudo aquilo e olha no que me... rendeu.

— E porque você isso? — digo sentindo minha garganta queima de tanto ódio.

— Por tesão em vicê, seria bom?

— Não sei, pô.

— Ahnnn para, menino Ney. Você sempre... viu que eu te desejavaa — quando ela não trocava as letras, falava arrastado e eu estava começando a ficar sem paciência para manter o meu teatrinho.

— Certo, mas nunca me interessei.

— Grosso! — ela pulou da mesa e mesmo cambaleando, deu a volta e se sentou na poltrona. — Por isso que armei tudo e não me arrependo de na...da. Quero mais que vocês... se fodam e tomem bem no cu.

— Parece que não sou eu quem vai se foder, aqui. — sorrio debochado. E balanço o celular onde eu estava gravando tudo.

— Ah! Não! Você é frouxo... bur...ro e não faria nada com isso.

— Já fiz e não me arrependo. — pisco para ela que olhava incredula. — Abre aí e me entregue o nootbook. Agora!

— Não, não vou não. — Ela choraminga e eu cruzo meus braços e a vejo murchar na cadeira.

— Ande logo com isso, Paulina. Ainda tenho que ir atrás da minha mulher. Abre a porra da gaveta e me entrega o computador. Ela abriu a gaveta sem vacilar o olhar de mim, me entregou o nootbook, anotou o que parecia ser a senha.

— Vou avisar apenas uma vez. Suma de Barcelona ou eu pago quem for para destruir todo o teu reinado de dona de puteiro. — abaixo meu tronco na mesa, me aproximado mais dela. — E você vai se arrepender de tudo, se, por caso pensar em se meter outra vez com a minha mulher. — tomo o papel de sua mão e ela soluça.

— Você é surda?

— Na...na...Não

— Te dou até o amanhecer para esse inferno está fechado e nem a sua alma esteja a vagar nas ruas de Barcelona.

— Tu-tudo bem.

— Ahn, e não ache que vai escapar de um processo, veremos quem é a vazia barata. O que não é esforço algum, já que você nunca valeu  o prato que come.

Ela assente com medo e eu sorrio para a mesma antes de sair de seu escritório, trombo  com algumas meninas que trabalham por ali e saio de lá arrastando meus irmãos para fora.









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