Capítulo treze

2.6K 239 112
                                    

— Merda!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Merda!

Praguejo me abaixando e recolhendo os cadernos que tinha caído, eu tinha que derrubar tudo, Hugo desse do carro para me ajudar o que acaba me deixando ainda mais nervosa e acabo espalhando tudo de novo.

— O tempo que eu estudava aqui, tinha armários.

Não me dou ao trabalho de lhe responder, já que precisava estudar para algumas provas e por isso estava levando tudo isso para casa hoje.

Eu tinha pedido para Mason me buscar hoje, por causa dos cadernos e livros que teria que levar para casa, não queria ter que levar tudo isso no ônibus, porém tio Rian tinha uma reunião importante hoje e queria que ele participasse.

Meu grande erro foi colocar no nosso grupo privado que precisava de uma carona e agora tinha que aceitar que não foi meu irmão, nem Maurício e muito menos Diego que tinham vindo me buscar e sim Hugo.

— Como vão as aulas? Teu último ano né?

— Um pouco cansativas, normal.

Ele respira fundo e fica quieto o resto do caminho, as coisas entre mim e Hugo tinham mudado desde ano passado, pode ser que não tenha sido só o Mason que escondeu coisas.

— Entregue moça. — ele brinca parando na frente da minha casa.

— Obrigada! — agradeço arrumando os cadernos em meus braços, pronta para sair do carro.

— Cath!

Viro-me para Hugo assim que ele chama meu nome.

— O que foi?

— Não podemos continuar assim Cathe!

Pisco meus olhos discernindo o que ele acaba de falar.

— Está tudo bem Hugo, eu na minha vidinha e você na sua.

— Você sabe sobre o que eu estou falando.

Mordo meu lábio inferior e vejo quando a vizinha solta a cortina rapidamente assim que meus olhos encontram o seu.

— Não podemos falar sobre isso aqui. — gesticulo com as mãos para a casa da vizinha.

— Deixa eu entrar? — ele pisca seus olhos castanhos.

Concordo com a cabeça e lhe dou as costas, atravessando o jardim da frente que mamãe adora, paro na frente de casa e mexo na minha mochila a procura da chave, Carl tinha ido na casa de um colega fazer um trabalho para a faculdade.

— Deixa que eu seguro seus cadernos.

Entrego meus cadernos para ele e consigo achar a chave dentro de um dos bolsos de minha mochila, minhas mãos tremem assim que tento colocá-la na fechadura e Hugo parece perceber meu nervosismo.

— Você quer que eu abra?

— Já abri.

Dou espaço para que ele entra antes, já que vou ter que fechar mesmo.

— Deixar aonde? — pergunta com meus cadernos em mãos.

— Deixa no sofá mesmo, daqui a pouco vou começar estudar.

Largo minha mochila no sofá ao lado de meus cadernos e ando até a cozinha para ver se mamãe tinha deixado comida ou se eu teria que cozinhar.

— O que você quer conversar?

— Não podemos continuar desse jeito Catherine, uma hora eles vão perceber alguma coisa se continuarmos assim.

— Não tem o que perceber Hugo, já vai fazer ano que aquilo aconteceu.

— Eu sei, mas sei lá Catherine! — ele passa as mãos sobre o topete de seus cabelos.

— Aquilo foi um erro Hugo, eu estava bêbada, você estava bêbado, não vai se repetir.

Ele respira fundo e nega com a cabeça, avançando sobre mim e grudando nossas bocas.

Fico completamente estática, não esperava por isso agora e assim que percebo o que está acontecendo tento empurrar Hugo para longe, suas mãos pegam nas minhas e as juntam, enquanto uma de suas mãos segura meus braços a outra aperta minha cintura.

Sua boca chupa meu lábio inferior e eu esqueço a merda que isso vai dar quando acabarmos e me entrego ao seu beijo, Hugo encosta ainda mais seu corpo no meu e eu acabo ficando encurralada entre seu corpo e o balcão da cozinha.

Minha mente me alerta do quão errados estamos sendo e eu mordo sua boca para acabar com isso, o moreno se afasta relutante e eu consigo me desprender de seu contato e fugir para o outro lado da cozinha.

— Cathe!

— Fica quieto! — ordeno passando as mãos em meus cabelos — Isso não podia ter acontecido!

— Catherine! — ele tenta se aproximar.

— Não, Hugo! — me afasto novamente — O Masi, Hugo, eu estou com o Mason!

Sinto-me suja por isso ter acontecido e lembro-me da sensação ruim que fiquei no sábado após sentir ciúmes de Giovana na cozinha com Mason, eu preocupada com ele quebrar nossas regras e agora estava aqui aos beijos com Hugo.

— Porra! — xinga andando de um lado para o outro.

— Aquilo que aconteceu foi um erro, eu vou continuar fingindo que estava com o Gustavo naquele dia e você vai fingir que estava com qualquer pessoa que não seja eu, você entendeu?

Hugo me encara sério e eu repito a pergunta até que ele concorda, aperto minhas mãos um na outra e continuo:

— Isso aqui nunca aconteceu! — aponto para nós dois — Eu estou com o Mason, Hugo e vou continuar com ele, vamos fingir que somos somente "primos" como sempre fomos e deu.

— Mason sabe do ano passado?

— Não tem nada que ele precisa saber do ano passado. — rebato.

— Tem certeza disso?

— Aquilo não vai se repetir, de preferência nem vamos lembrar daquilo.

— Você precisa contar para ele, Mason é seu melhor amigo além de namorado Catherine.

— Assim como ele não me conta algumas coisas, eu não lhe conto algumas coisas e com certeza ele não vai gostar nada se eu contar sobre aquilo.

— Mesmo assim Cath! O que você acha que vai acontecer se ele souber por qualquer outra pessoa que estava naquela festa?

— Ninguém vai falar nada Hugo! — fecho os olhos para tentar organizar meus pensamentos — Só vamos fingir que não houve nada, se acontecer alguma coisa, eu me resolvo com ele, ok?

— Você tem certeza disso?

— Absoluta.

Encaro o moreno parado do outro lado da cozinha e espanto as lembranças daquela festa, ninguém pode saber o que aconteceu naquele dia.

Avisos

Perguntinha:
O que vocês acham que rolou entre esses dois?

Espero que estejam gostando, não esqueçam de votar e beijos,
Da @ferreira_drica

Regra N°1 [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora