Capítulo cinquenta e sete

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— Sai agora desse quarto! — dona Fernanda grita ao passar da porta

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— Sai agora desse quarto! — dona Fernanda grita ao passar da porta.

Não é me colocando num pedestal, mas eu sempre fui uma filha boa, fiz as coisas que me pediam e tal, mas isso parece não ser um motivo bom o suficiente para que dona Fernanda me deixe curtindo a fossa de minha antiga relação.

Mas Catherine já faz dois meses?

Reviro meus olhos e me arrumo melhor embaixo do cobertor quentinho que estou usando, quem liga que já faz dois meses?

— Catherine Fich Baker! — grita novamente, arrancando com tudo meu cobertor e me fazendo puxar o lençol — Já mandei você levantar!

— Eu já lhe avisei que não vou! — cantarolo.

A verdadeira situação é que hoje é aniversário do Maurício, ou seja, vai ter um almoço na casa de tia Madu e do tio Noah, tudo para comemorar os vinte aninhos do homem.

Eu queria ir, queria poder abraça ele e o encher de comentários sobre estar ficando velho, porém todo mundo sabe quem é o melhor amigo do Maurício e eu realmente não queria ver o Mason hoje.

Não depois de ligar toda noite para ele e receber um " Vai dormir, Catherine!", toda noite, o idiota não tem nem capacidade de dizer outra coisa, mas levando em consideração a situação, eu sou mais idiota que ele.

— Mason não está na cidade. — mamãe diz sentando ao meu lado na cama e passando a mão por meus cabelos.

— Não esta? — abro uma fresta entre minhas pálpebras para visualizar seu rosto.

— Não, Camila disse que ele viajou para ver os pais do Rian. — conta.

— Vadio! — praguejo vendo ela me censurar com os olhos.

Dona Fernanda ainda enrola um pouco tentando me convencer a ir ao aniversário de Maurício, mas eu sigo negando, não é só a presença de Mason que me preocupa e sim entrar na casa de qualquer um de nossos tios e ver o olhar de pena que me é lançado.

Pois é! Mason não tinha apenas terminado comigo, ele tinha me detonado, detonado ao ponto de toda nossa família saber e todos ficarem com pena da minha pessoa.

Eu não os julgava, eu estava digna de pena, mas quem disse que eu ligava?

A porta de meu quarto é aberta novamente e assim que me viro pronta para bater boca com mamãe por não me deixar ficar sozinha em casa, minha voz não sai ao encarar a figura imponente de seu Jake parado no batente, seu corpo grande tapando a visão do corredor.

— Oi. — cumprimento constrangida.

Meu pai não tinha falado comigo nenhuma vez nesses últimos dois meses, nem quando cheguei chorando em casa, ele apenas me abraçava e murmurava contra meus cabelos um " Vai ficar tudo bem!".

Sento-me na cama e apoio minhas costas na cabeceira, deixando meu corpo meio ereto enquanto ele se aproxima e sobe na cama, sentando ao meu lado e encarando a parede de meu quarto.

Regra N°1 [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora