Regra N°1 [EM REVISÃO]

Capítulo sessenta e sete

Pego a chave do carro sobre a mesinha de centro da sala e beijo a bochecha de dona Camila, ganhando sua atenção e a de meu pai ao passar cantarolando por eles em direção a porta.

– Onde vai de carro? – sorrio ao virar para mamae, sabia que ela não aguentaria e perguntaria.

– Jake. – sorrio ainda mais.

– Catherine te chamou? – papai adivinha.

– Ela mesma! – pisco na direção dos dois.

– Então vai logo! Essa menina está passando por muita coisa, não merece ficar esperando. – mamãe manda.

– Sabe que ele teria saído se você não tivesse perguntado onde ele ia né? – ainda escuto papai incomodá-la.

– Cala a boca!

Está decidido, quero uma relação parecida com a dos dois e já tenho a mulher perfeita para desempenhar o papel da dona Camila e ela está me esperando nesse exato momento.

Então dentro de meu querido carrinho, tendo em mente que preciso reconquistar minha garota, a ligação de hoje parece ter renovado minhas energias, admito que estava as perdendo, fazia exatos dois dias que ela saiu do hospital, dois dias em que ela não dava nenhum sinal de vida para mim, dois dias que dona Camila pediu para que eu a desse um tempo, que não fosse atrás de Hugo.

Torturante! Esses dias foram torturante! Só não sabia dizer se foi por não ficar com a minha gatinha ou por não poder bater em Hugo, mas um dos casos já estava sendo resolvido, iria ser na verdade, pois estou perto de conseguir abraçar Catherine e a deixar segura em meus braços novamente.

E sobre Hugo, bom, eu só estou esperando ele me procurar, o que sei que está prestes a acontecer, Josh Zoo deve ter dado meu recado depois de apanhar.

Ir até o Kelan's para averiguar com o amiguinho idiota de Hugo foi ideia de Maurício, porém o Zoo acabou apanhando porque tentou correr de mim e Carl, não precisou muito para ele abrir o bico, foi só asseguramos ele, que o bastardo abriu a boca, falou tudo o que aconteceu, inclusive sua participação no abuso.

Respiro fundo ao lembrar de tudo e paro o carro na garagem da casa mesmo, certeza que não vão sair e se forem eu tiro depois.

Desço do carro e aperto a campainha, meu coração deve estar quase batendo recorde de tanto bater rápido, pelo amor de Deus, eu não posso morrer antes de me ajeitar e acertar com a Catherine.

– Por que não estou surpreso dela ter te chamado? – Carl me pergunta ao abrir a porta.

Seu olho direito está levemente inchado depois de sair no soco com o Zoo, pois é, ele que bateu no imbecil.

– Você está feliz por isso né? – pergunto entrando.

– Melhor você do que outro. – ri.