Capítulo cinquenta e um

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Encaro o garoto na minha frente sem entender o que ele poderia estar querendo comigo, seus olhos castanhos estão com as orbitais vermelhas e seus cabelos bagunçados, algumas pessoas passam ao meu lado esbarrando em meu corpo e praguejando minha vi...

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Encaro o garoto na minha frente sem entender o que ele poderia estar querendo comigo, seus olhos castanhos estão com as orbitais vermelhas e seus cabelos bagunçados, algumas pessoas passam ao meu lado esbarrando em meu corpo e praguejando minha vida por estar atrapalhando a saída.

Cecília passa ao meu lado com os olhos grudados em Hugo e vira o rosto assim que praticamente peço ajuda para ela, Ceci ainda não tinha conversado comigo e eu estava me recusando a ir até ela.

— Precisamos conversar! — Hugo decreta oferecendo sua mão na minha direção.

Seu rosto estava levemente inchado e o lado direito, olhando de frente, estava roxo, certamente dos socos que meu namorado havia distribuído ali, na sua sobrancelha esquerda eu conseguia enxergar alguns pontos e conforme ele tinha se aproximado, consegui identificar um leve mancar com sua perna esquerda e uma careta dolorosa na face.

— Não temos nada para conversar! — sentencio.

Agora não tinha muitas pessoas na saída e minha mente me avisa que irei perder o ônibus que passa perto de minha casa.

Tento ultrapassar seu corpo e seguir para o ponto de ônibus na esquina, entretanto sua mão pega em meu cotovelo e ele tira forças de outro mundo para me arrastar para seu carro.

— Não! — tento dificultar nossa ida até o seu carro, porém parece não fazer diferença, já que ele abre a porta e me atira no banco traseiro.

Tento abrir a porta, mas ela parece estar configurada para não abrir por dentro e assim que ele abre a porta do motorista, a porta que eu estava tentando se abre e a Gabriele me puxa para fora.

— O Masi está vindo! — avisa.

— Gabriele! — o grito que Hugo dá sai raivoso e eu vejo a nossa nenêzinha se encolher levemente.

Seu caminhar até nós é furioso e eu puxo Gabi para darmos o fora dali, aproveitando que ele está machucado, mas ela finca os pés no chão e ergue seu rosto encarando firme ele, como se aquele momento de fraqueza de segundos atrás não fossem nada além de uma garota arrumando coragem.

— O que foi Hugo? Ela não queria ir! — cruza os braços.

— Não se meta entre mim e Catherine! — ele para cara-a-cara com ela.

— Não existe Catherine e você! — retruca.

Um carro parece derrapar ao dobrar a esquina e eu o reconheço assim que ele freia no meio da rua, é o carro do Maurício, a porta do motorista abre e o Mason desce praticamente bufando de dentro dele e caminha até onde estamos com uma carranca desgostosa no rosto.

— Saía de perto delas! — adverte Hugo.

— Vai me pegar de surpresa de novo, machão? — o mais velho debocha.

— Não, Hugo. — Ele para entre Hugo e Gabriele — Eu não sou sujo igual você!

— Sujo igual a mim? — solta um riso — E eu sou sujo por quê?

Regra N°1 [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora