Regra N°1 [EM REVISÃO]

Capítulo sessenta e nove

Capítulo sessenta e nove
Eu tinha certeza que o delegado Kalliman não estava acostumado a acomodar muitas pessoas dentro de sua sala, ele nem estava esperando ter tantas pessoas ali, mas quem pensaria que Gabriele também pegaria fogo para denunciar Hugo?

– Tem certeza que quer fazer isso? – escuto Helga perguntar a mais nova.

– Absoluta. – afirma decidida.

Chega a ser incrível como Gabriele decidiu denunciar Hugo rapidamente e a minha menina está agarrada a meu corpo, tentando de alguma forma não pensar no tio Noah e na tia Madu.

Catherine estava se sentindo culpada e mal com toda essa situação, mas ela não poderia deixar o que aconteceu impune, não quando pode acontecer com outras garotas como ela também.

– Eí?! – Jake parou na nossa frente – Não pense nos seus tios, não pense em nada, só conte o que aconteceu naquela noite e depois vamos ir embora.

– Mas como eles vão me tratar depois disso? – a pergunta pronunciada baixa, dilacera meu coração por alguns segundos.

A tia Madu venho conversar com Catherine ontem a noite, não soube o que foi já que minha menina preferiu se manter em silêncio, a única coisa que deixou escapar é que ela poderia perder uma tia com a denúncia.

– Mason. – O pai dela aponta o corredor da delegacia num pedido silencioso para que converse com ela.

– Vamos ali! – aviso a carregando para o corredor.

O pequeno momento de paz que tivemos a duas noites foi o único onde não conversamos sobre a denúncia, é horrível dizer a quantidade de tempo que precisamos a fazer parar de se culpar.

– Você não quer fazer isso né? – pergunto mesmo sabendo a resposta.

– Não. – nega se afastando de meu corpo e se encostando na parede – Mas tia Madu disse que não falaria comigo se eu não fizesse a denúncia.

– Como? – a olho sem entender.

Jake, Carl, minha sogra e eu discutimos mais de horas achando que ela foi ali pedir que ela não denuncia-se, para no final saber que foi o contrário?

– Isso que entendeu, ela quer que eu denuncie!

Não tenho mais palavras, não existe palavras para descrever o que estou sentindo com essa nova informação.

– Filha?! – tia Fernanda aparece no começo do corredor – O delegado está te chamando.

Os olhos de Catherine procuram pelo meu antes de caminharmos de mãos dadas até a sala intitulada como do delegado Kalliman, seus pais estão sentados na frente da mesa quando entramos, as meninas e o tio Mike do lado de fora.

– Catherine Fich Baker, seus pais já me explicaram tudo, meus sentimentos pelo que aconteceu. – O delegado fala assim que a acomodo na última cadeira vaga.