Capítulo dezessete

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Seus olhos estao vidrados no lanche e eu observo como ela está nervosa e comendo como se não houvesse amanhã, Catherine quer me contar alguma coisa

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Seus olhos estao vidrados no lanche e eu observo como ela está nervosa e comendo como se não houvesse amanhã, Catherine quer me contar alguma coisa.

— O que foi?

Pergunto pegando em sua mão e minha melhor amiga levanta seus olhos aos meus com a boca cheia de comida, suas bochechas chegam estar sujas de maionese e catchup.

— Que? Não fiz nada!

Ela levanta as mãos rapidamente para cima e engole a seco toda sua comida, tentando focar em qualquer coisa que não seja eu.

— O que você quer me contar?

Nunca entendi como Catherine conseguia torcer sua boca de um lado para o outro, seus pais dizem que é o jeito dela fazer caretas, mas eu sei bem que ela só faz isso quando está pensando e se Cath está pensando com uma pergunta dessas, com certeza ela aprontou alguma coisa.

— Nós podemos ir embora?

Seu pedido me deixa surpreso e eu suspiro concordando, ando até o caixa, sorrio para as garçonetes e elas se amontoam junto com a senhora de idade que pega o canhoto de nosso lanche.

— Só isso gatinho? — uma garota morena pergunta mexendo em seus cabelos.

— Por hoje sim. — pisco para ela.

— Setenta reais. — a senhora cobra.

Entrego uma nota de cem e recolho meu troco, pisco para as belas damas e vou ao encontro da minha menina que no momento está totalmente emburrada na nossa mesa.

— Bora? — chamo.

Catherine concorda levantando, ela pega na minha mão e me puxa para fora, não sem me dar um selinho e sorri debochada para as garçonetes, tenho vontade de rir de seu ciúmes, entretanto prefiro me manter vivo.

Ela não melhora muito o humor quando entramos no carro e muito menos quando estaciono na frente de minha casa, o carro de Maurício está estacionado na garagem e eu tenho certeza que nossos amigos devem estar aí dentro.

A morena não se dá o trabalho de me esperar e entra pisando duro dentro de minha casa e eu acabo suspirando procurando a paciência que Catherine acha que tenho hoje.

Maurício e Cecília estão sentados no sofá vendo filme, meus pais na cozinha e Cath na poltrona brava.

— Que milagre o casal está em casa!

Brinco com meus pais, seu Rian está sorrindo como sempre enquanto dona Camila está emburrada, nesse momento que eu percebo que minha relação e de Catherine mesmo sendo de mentirinha está muito parecida com a deles.

— Seu pai foi no meu serviço, por isso estou aqui. — olho para meu pai estranhando sua atitude.

— Foi fazer o que lá pai?

— Incomodar. — mamãe rola seus olhos verdes.

— Hoje é um dia importante! — sorri apaixonando para dona Camila.

— É? — puxo na memória as nossas datas comemorativas e não consigo lembrar de nada.

— Hoje faz vinte e dois anos que beijei sua mãe pela primeira vez.

Ele parece se lembrar do momento e sorri para mamãe, que apenas nega com a cabeça com uma risadinha, parece que ela lembrou do porque papai estar tão faceiro.

— E onde foi? Como foi?

Cecília pergunta entrando na cozinha com os outros dois ao lado, Maurício está com o seu braço entorno dos ombros de Catherine.

— Foi aqui mesmo, no tempo os avós de Mason ainda "moravam" aqui conosco.

— Como foi? — minha namorada pergunta abraçando Maurício.

— Era domingo, Camila estava brava porque dei um soco na cara do pai do Maurício. — papai aponta para o garoto — Mas acabamos nos acertando e no final nos beijamos onde agora é o quarto do Mason.

— O senhor socou meu pai?

— Ele tava dando em cima da Camila. — se defende.

— Ele não estava dando em cima de mim. — mamãe desmente ele.

— Se eu não me engano, ele próprio assumiu gostar de você Camila, então não me tire para louco!

— Ele gostar de mim, não quer dizer que ele estava dando em cima de mim, Noah sempre te respeitou Rian, não seja um ingrato.

— Vocês não se davam bem né? — Cath aponta para os dois — Papai comentou que tio Rian não admitia de jeito nenhum que gostava da marrenta da Camila.

— Isso mesmo, Rian era um cretino!

— Você ficava escondida com o Thomas e quer falar de mim! — ele nega com a cabeça.

— Você ficava com a Luana!

— Vamos sair daqui, não quero ouvir as histórias deles.

Chamo enquanto os dois engatam em mais uma de suas briguinhas por futilidades, papai e mamãe são campeões em brigarem por nada.

Aproveito a saída para puxar Catherine dos braços de meu melhor amigo e a beijar, sua boca se encaixa perfeitamente na minha e eu abraço sua cintura.

— Eita! Isso é fogo!

Sorrio separando nossos lábios e mostrando o dedo do meio para Maurício e selando nossas bocas duas vezes antes. Catherine pisca seus olhos e parece que eu consegui a fazer esquecer do ciúmes das garçonetes agora, já que ela abraça meu tronco enquanto caminhamos para a sala juntos.

— Você ainda quer conversar sobre aquilo da lanchonete? — ela morde sua boca nervosa.

— Depois conversamos sobre isso, pode ser?

Ela concorda aliviada e acabamos ficando ali juntos até a hora da minha aula e de Maurício, deixo as duas em suas casas e sigo para a faculdade, antes mesmo do sinal bater eu sei que vou precisar prestar atenção em meus pensamentos e não deixar aquela morena dominar meus pensamentos.

Regra N°1 [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora