Capítulo cinquenta e cinco

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Bato na porta depois de dez minutos parada aqui, as pessoas que passaram deviam achar que eu era uma louca, mas eu não posso me defender, já que estou na frente da casa de tio Chaz e tia Gal vestida com um pijama de coala e uma sacola com sorvete ...

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Bato na porta depois de dez minutos parada aqui, as pessoas que passaram deviam achar que eu era uma louca, mas eu não posso me defender, já que estou na frente da casa de tio Chaz e tia Gal vestida com um pijama de coala e uma sacola com sorvete de chocolate em mãos.

A verdade é que estava apenas aceitando o fato que preciso de alguém, a pena disso é que a pessoa que estou precisando é a mesma que deixou essa enorme lacuna no meu peito.

O barulho da fechadura se mexendo com a porta abrindo, me faz levantar o olhar do chão e encarar a menina loira através de meus cílios.

Sua expressão facial entrega sua surpresa ao me ver, principalmente nessa estado, mas ela é a única pessoa que pensei após uma semana isolada dentro de casa.

— Oi.

Cecília me olha de cima abaixo e acaba soltando um sorriso pequeno antes de me puxar para dentro de casa, foi impossível não soltar um suspiro aliviado com isso.

— Ainda bem que você cedeu, porque eu já estava a ponto de mandar meu orgulho para a puta que pariu e ir atrás de você.

Sento sobre o sofá e largo a bolsinha plástica do mercado sobre ele, Cecília semicerra seus olhos para mim e para o pote, desaparecendo pelo corredor e voltando com duas colheres de sopa nas mãos.

— Serie ou filme? — pergunta pegando o controle.

— Série!

— Romântica? — me olha em dúvida.

— Vamos olhar "Vikings".

— Okay.

Ainda demora uns dois minutos até a TV começar a passar uma imagem boa, já que ela puxa uma internet enorme, mas assim que entra é impossível desgrudar meus olhos do episódio, nós duas já havíamos visto essa série toda e por isso colocamos em um episódio qualquer, por acaso, era o que eles tentavam invadir Paris.

— Sabe por que eles não estão vencendo? — pergunta possessa — Tudo culpa do Ragnar!

— E ele é culpado pelo que?

— Ele está esquecendo os deuses, afrontando eles.

Cecília sempre achou injusto como o Ragnar esqueceu completamente o Floki depois que o Athelstan apareceu, ainda mais que o Floki o ajudou quando o primeiro lord negou seu pedido.

— Você está bem?

A pergunta foi uma daquelas que não se espera resposta, não depois de eu ter chegado chorando em casa e minha mãe ter feito um escândalo no grupo da família e praguejado a vida de meu ex-namorado barra ex-melhor amigo.

— Me desculpa por ter insinuado o que insinuei? — pede colocando uma enorme colherada na boca.

— Tá tudo bem. — suspiro.

O som dos gritos dos vikings me chamam a atenção, me fazendo encarar a TV com mais atenção.

Não saberia dizer o que me fez começar a chorar, se foi por ver eles perdendo a batalha ou porque tinha acabado de perder o Mason, só sei que abracei uma almofada de tia Gal e comecei a chorar igual uma trouxa.

Cecília não fez nada, nem tinha o que ela fazer, a verdade é que eu precisava disso, precisava chorar a merda do meu mundo para ver se entendia que isso realmente estava acontecendo.

Cecília não fez nada, nem tinha o que ela fazer, a verdade é que eu precisava disso, precisava chorar a merda do meu mundo para ver se entendia que isso realmente estava acontecendo

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Nota da autora

Sabe qual é a pior merda de ter ansiedade?
É não conseguir dormir!

Claro que eu deveria pedir ajuda, mas eu não tinha o direito de voltar a atrapalhar a vida das pessoas que eu moro e por isso estou aqui postando mais um capítulo.

Agradeça a minha ansiedade.

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