Regra N°1 [EM REVISÃO]

Capítulo sessenta e oito

O barulho de alguns pingos no telhado me faz acordar, a cortina na janela sacode como se não tivesse amanhã e o homem dormindo ao meu lado parece completamente alheio a isso.

– Preguiçoso! – falo dando um beijo na sua bochecha.

Estava comprovado que eu não resistia a Mason Summer Walker, no momento que a corda apertou e eu pensei em ligar para ele, foda-se que ele não confiava em mim, foda-se que eu deveria me fazer de difícil, eu precisava dele e agora olhando o homem deitado a minha cama, todo esparramado, eu tive mais certeza de que amo essa criatura.

– Gostoso da porra! – praguejo brava.

Levanto da cama devagar para não acordá-lo, depois de passar o resto da tarde conversando idiotices e de o convidar para dormir aqui comigo, fomos dormir cedo, não tínhamos nada para fazer e como neguei qualquer avanço na nossa relação e ele ficou cansado de conversar sobre shippes estranhos de Harry Potter, dormimos.

Paro na frente da janela e observo a chuva, sem realmente saber o que estava fazendo, apenas me entertendo com aquilo.

– Odeio quando você faz isso! – me assusto com a voz de Mason.

– O que? – viro-me para ele.

– Você sempre fica olhando para o nada quando está assustada ou com medo de alguma coisa. – O vejo levantar da cama e caminhar até onde estou – Então me conta o que é?

– Por que você acha que ele fez isso? – solto a pergunta que estava segurando.

Seus braços passam por meu corpo, abraçando-me a ele e depositando um beijo nos meus cabelos, o vento do lado de fora parece irritado ao fazer a janela perto do quarto do Carl bater na parede.

– Nunca vai ter uma explicação para ele ter feito o que fez, Hugo passou de todos os limites e achou que iria passar impune por isso. – suspira antes de me virar e me deixar de frente para ele – Eu não quero que você fique pensando no que aconteceu naquela noite, Cath. Você merece mais do que ficar lembrando daquilo.

– Eu... Só não entendo. – admito.

– Eu também não entendo. – um sorriso tristonho aparece na sua boca – Não tem como entender.

Concordo com a cabeça e descanso minha cabeça no seu peito, sentindo seus dedos passando por minhas costas devagar, acariciando lentamente.

– A chuva tá forte. – comenta assim que mais barulho é ouvido.

Fecho meus olhos e me concentro em escutar as batidas de seu coração, quase não acredito quando o sinto tão agitado, ele está parecendo tão calmo.

– O que acha de irmos para o lado de fora? – pergunta de repente.

– Como?

– Tomar banho de chuva! – ele afasta meu corpo do seu e me olha sorrindo – Faz quanto tempo que não fazemos isso?