Regra N°1 [EM REVISÃO]

Capítulo quarenta e oito

— Vai ficar esperando? — olho para meu irmão.

— Vai voltar para casa ou vai dormir aí com ele? — pergunta.

— Acredito que vou dormir. — sorrio só de imaginar dormir agarradinha a Masi.

— Vou para casa, qualquer coisa me liga, ok?

— Ok! — caminho até a porta de casa e observo Carl se afastar a passo largos — Eí! — corro até onde ele está — Te amo!

— Também amo você! — ele me abraça.

— Você sabia que não precisava me trazer até aqui né?

— Nunca que eu ia te deixar andando sozinha na rua!

— Não tô falando disso, seu bobo! — sorrio fazendo cara de anjo.

— Como assim? — estranha.

— Era só você me emprestar o celular!

Impagável! A cara que o Carl fez é impagável! Meu irmão não tinha pensado nisso e eu admito que não dei essa ideia com medo de não poder ver o Mason também, mas que me contentaria falando por uma chamada de vídeo é verdade!

— Ainda da tempo de te levar para casa. — me ameaça.

— Estou indo! — beijo sua bochecha e corro até a porta da casa de tia Camila.

Viro-me para trás e observo ele caminhando de volta para casa, sorrio me abaixando e pegando a chave reserva na parte do batente da porta em que está estragada, quando o batente acabou "descolando" sem querer, tio Rian achou que ali seria o local perfeito para esconder a chave reserva, já que dificilmente alguém iria pensar naquele local.

Entro dentro da casa na ponta dos pés, tentando de algum jeito não acordar meus tios e vou direto para o quarto do Masi, sua porta está fechada e eu a abro devagar, parando para observar seu corpo na cama.

Mason está deitado de bruços na cama, ressonando igual um gatinho manhoso, aproximo-me dali e passo a mão sobre sua pele nua, aproveitando para beijar seu pescoço, meu namorado resmunga baixinho e eu deito meu corpo contra o seu.

— Acorda para mim! — chamo.

— Me deixa dormir, mãe. — pede.

— Sou eu, amor! — dou um beijo estralado na sua bochecha.

Suspiro assim que ele abre seus olhos lentamente e vira seu rosto para me enxergar melhor, um sorrisinho singelo aparece em seus lábios e é impossível não se apaixonar por Mason Walker.

— Me belisca! — manda.

Dou risada assim que ele pede isso e saio de cima de seu corpo, o vendo virar-se de barriga para cima.

— O que você tá fazendo aqui?

— Queria entender o que aconteceu hoje de manhã. — enterro meus dentes sobre meus lábios.

— Não quero falar sobre isso. — declara.

— Por favor!

— Não.

— Walker!

— Baker! — pronúncia meu sobrenome de forma debochada.

— Quer saber? — penso um pouco — Já que você não quer me contar, vou para casa!

— Nao! — nega agarrando minha mão.

— Eu vim por um motivo, você não quer me contar, vou para casa.

— Hugo estava nos olhando da porta, ele me provocou falando de você! — revela me puxando para cima dele — Fica aqui comigo!

— Você tem certeza disso?

— Ele que falou.

Concordo com a cabeça e ele segura meu rosto com as duas mãos, juntando nossas bocas, entrego-me ao seu beijo sem nem pensar, ele podia ter ignorado Hugo, mas depois do que eu contei, depois de saber que ele provocou, até que o mais velho mereceu aquilo.

— Você venho sozinha? — questiona.

— Carl me trouxe.

— Dorme aqui comigo? — pede manhoso.

— Só se for de conchinha. — brinco.

Mason sorri acanhado e nos arruma deitados na sua cama, beijando meus cabelos antes de deitar a cabeça sobre meu pescoço, dando um cheiro ali.

— Levei a porra de um soco no estômago do tio Noah e só por isso não quero fazer nada agora. — sussurra.

— É? Mas tá bem?

— Não tem como não estar bem com você junto comigo.

Um silêncio preenche o quarto deixando um sentimento bom no ar, como se fugir de casa para ver ele, realmente fosse o certo a fazer.

— Eu amo você!

Não tenho certeza se ele escutou minha declaração, já que sua respiração está mais leve e lenta, porém sei que ele já sabe disso.