Capítulo sessenta e três

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Os toques suaves sobre meu cabelo me ajudam com a dor horrível que estou sentindo na cabeça, o meu quarto parece girar e quase não reconheço o senhor Jake na minha frente, seus olhos estão vermelhos e seu nariz vermelho, incrivelmente parecido comigo

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Os toques suaves sobre meu cabelo me ajudam com a dor horrível que estou sentindo na cabeça, o meu quarto parece girar e quase não reconheço o senhor Jake na minha frente, seus olhos estão vermelhos e seu nariz vermelho, incrivelmente parecido comigo.

– Eu fico assim quando choro pelo Mason? – minha garganta arranha.

Meu pai não me responde, ele apenas me puxa para seus braços e abraça meu corpo com força e delicadeza, como se eu pudesse me quebrar a qualquer instante.

– O que foi papai? – forço as palavras a saírem.

– Eu nunca mais vou te deixar sozinha! – estranho assim que ele começa a chorar – Me desculpa por não ter te protegido, por não estar com você, por tudo!

Não consigo entender sobre o que ele está falando, mas correspondo com ainda mais amor seu abraço, alguma coisa aconteceu, será que alguém está machucado?

– O que houve? – pergunto assustada.

Então a visão que tenho destrói uma parte de mim, a pessoa mais durona que conheço, o meu super herói, meu pai me olha com o rosto banhado em lágrimas e desaba na minha frente, chorando de soluçar em cima da cama e de mãos dadas comigo.

– Mãe! Carl! – clamo por eles sem saber o que fazer – Alguém, porra!

A porta de meu quarto é escancara e eu vejo o resto de minha família com expressões parecidas com as de papai. Meus olhos ardem e eu começo a chorar só de vê-los desse jeito, não tinha como negar como a imagem deles assim me destruía.

– O que tá acontecendo?

Minha pergunta não é respondida, eles preferem me abraçar e me embalar como se eu fosse uma criança, admito que se fosse outras circunstâncias iria expulsar eles, mamãe sempre disse que devemos deixar a guarda sempre forte e segura, porém com eles nesses estados, me encontro completamente indefesa.

Por mais estranho que pareça, eu sei que isso está acontecendo por algo ligado a mim e é por esse motivo que os afastei e olhei nos olhos de cada um, vendo os olhos verdes de Carl, tendo sérias dúvidas de quem ele puxou, olhei nos olhos castanhos de papai, que parecia ser o mais afetado e por fim encarei a íris azul de mar revolto.

Quando criança, brincava que não existia azul parecido com nossos olhos, acredito que o nossos ser diferente estava ali, no rosto, os olhos e a expressão: "azul de mar revolto" foi a melhor definição que dona Fernanda conseguiu para mim.

– Só me contem. – peço – Eu prometo aguentar.

Meu irmão sorri irônico antes de se levantar da cama e sair do quarto, consigo escutar seu punho batendo na parede do lado de fora, seja lá o que aconteceu, ele está muito afetado!

– Por que nunca me contou sobre Hugo? – a pergunta de mamãe me deixa surpresa.

Não existia razão para não contá-la, aquilo tinha sido uma burrice minha, eu tinha certeza, mas eu confio na mulher na minha frente, então por que não contei?

– Não sei. – confesso.

– Achei que confiasse em mim...

O tom de mágoa até foi tentado esconder, mas minha mãe nunca soube esconder as coisas bem, o dia em que planejamos um aniversário surpresa para papai, ela contou dois minutos depois, não aguentando segredos.

– Ter transado com Hugo, não é uma coisa que me orgulho. – revelo – Aquilo não era para ter acontecido.

Então eu cheguei ao "x" da questão e eu percebi isso assim que meus pais trocaram um olhar suspeito ao me ouvirem falar "transar".

– Me digam o que está acontecendo. – exijo dessa vez.

Vejo eles trocarem mais um olhar, antes de mamãe e papai entrelacarem seus dedos e soltarem a bomba.

– Nós acreditamos que Hugo tenha estuprado você, filha. – perco o ar – Desculpa!

– Não! – grito desesperada – Não! Não! Não!

Meus olhos embaçam e eu só consigo pensar que isso não é possível, eles estão brincando! Levanto-me da cama mesmo estando sem conseguir enxergar direito e começo a andar em círculos tentando raciocinar o que eles falaram.

– Isso não é uma coisa idiota para se brincar! – grito, assustando-os.

– Filha...

– Não se pode brincar com isso! – reprendo-os.

Eu saberia se tivesse sido estuprada! Hugo não faria isso! Não pode ser!

– Catherine...

Passo as mãos pelos meus cabelos completamente desesperada, meus pés parecem pisar em algo mole e meus olhos lutam para ficar abertos, sinto meu corpo desabando...

Passo as mãos pelos meus cabelos completamente desesperada, meus pés parecem pisar em algo mole e meus olhos lutam para ficar abertos, sinto meu corpo desabando

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Nota da autora

Eu no erro hoje!

O capítulo da Gabriele era para ser lançado as 13h de hoje, 18.

Até tudo bem!

O capítulo da Cathe, esse, era para ser lançado somente sexta!

S
E
X
T
A

Mas eu lancei hoje! Minha mãe vai me matar, eu jurei não dar um dia antes e postei mesmo assim!

Bom, a cada capítulo parece uma despedida, não sei o que está acontecendo, mas acho que até o final, Hugo morre Kkkjkk

O que acharam do capitulo?

Regra N°1 [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora