Capítulo vinte e dois - Maurício

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Catherine está chorando no banco detrás e Cecília inquieta no passageiro, sua mochila no colo e a perna direita tremendo de nervoso, eu entendo as duas estarem nos nervos, Cathe é apaixonada por ele, não pode nem negar, está estampado na cara dela e Ceci é a prima mais próxima de Mason, vive para cima e para baixo com Cathe e Masi.

— Vocês duas — encaro a morena pelo espelho e depois olho para a loirinha —, ele está bem.

— É...

Catherine concorda deixando algumas lágrimas rolarem por suas bochechas, porém logo são limpas por suas mãos. Ceci aperta uma mão na outra e eu sinto vontade de pegar em sua mão e lhe passar força, mas meu medo de ser negado é maior.

Bufo olhando para a estrada e mexo-me desconfortável, quase pulo de susto quando a mão delicada da loira ao meu lado pousa em meu braço e escorrega devagar até o volante, seus dedos se entrelaçam nos meus e os puxam para seu colo. Diminuo a velocidade do carro, apenas para poder virar para ela, Cecília finge nem ver meus olhos a encarando com surpresa e resolve começar a cantarolar uma música baixinho.

— Qual a rua mesmo? — pergunto.

— Venâncio Aires, 2034.

Concordo enquanto Cecília coloca no GPS do carro, sinto vontade de rir quando ela desativa a voz da moça.

— Acelera esse carro, Mauricio! — Cathe manda.

Penso em discordar, mas minha loirinha aperta minha mão e nega com a cabeça, quando estaciono na frente do hospital Catherine não pensa duas vezes antes de pular do carro e correr para dentro, solto meu cinto, antes de ter a atitude mais corajosa do ano.

Cecília solta minha mão e tenta fazer o mesmo, porém seguro firme sua mão e a puxo de volta, seus olhos azuis param em mim e eu sorrio dando um beijo na sua bochecha.

— O que... O que foi? — questiona.

— Você está linda hoje!

— Obri... Obrigada!

Suas bochechas estão coradas e eu aproximo um pouco mais meu corpo e vejo suas mãos se mexer ainda mais rápidas sobre o colo, ela eleva seus olhos nos meus e abre a porta devagar.

— Pera aí, linda!

Puxo a porta de volta, dando uma batida um pouco mais forte do que o esperado.

— Vamos ver o Masi, Mauricio.

Nego com a cabeça e passo meu polegar sobre sua bochecha, seu rosto belo e delicado com os olhinhos de uma gatinha assustada.

— Eu gosto de você, Cecília. — confidencio para ela.

— Mau... Maurício.

Sua voz sai melosa e eu adentro seus fios de ouro com minha mão, ela solta o ar pela boca assim que aproximo nossos rostos e eu passo meu nariz sobre o seu, em um carinho discreto sobre a mais bela de todas.

— Eu vou beijar você.

Aviso selando nossos lábios uma, duas, três vezes antes de me entregar ao desejo de seu beijo, a surpresa de meu ato a faz demorar alguns segundos antes de beijar-me de volta, seu toque chega tímido em mim e eu sorrio com isso, ela é tão fofa.

Nossas línguas se entrelaçam e eu a seguro com ainda mais fervor, como se minha vida dependesse de seu beijo.

Assim que nos separamos seu rosto está levemente corado e com a respiração acelerada, acaricio seu rosto e selo nossos lábios em mais um selinho.

— Uau!

Sorrio puxando seu corpo para meus braços e beijando sua bochecha.

— Estou louco para beijar você de novo! — revelo enchendo de beijinhos seu rosto — Mas preciso saber de Mason.

— Claro, o Masi...

Sua voz sai tediosa e ela rola suas íris, saindo do carro, a olho confuso e apenas acompanho seus movimentos, saindo do carro e correndo até ela, entrelaço nossos dedos e a abraço pelo pescoço, entrando dentro do enorme hospital.

Regra N°1 [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora