Capítulo vinte e seis

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Dona Camila está escorrada na porta de meu quarto com seus braços cruzados sobre os peitos, sua feição não é das melhores e eu sei que se abrir a boca ela é capaz de me socar

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Dona Camila está escorrada na porta de meu quarto com seus braços cruzados sobre os peitos, sua feição não é das melhores e eu sei que se abrir a boca ela é capaz de me socar.

— Jake vai te bater! — cantarola.

— É um fim de semana, vamos de carro, voltamos domingo. — digo arrumando a muda de roupa na mochila.

— Pior ainda! Como que você vai de carro se nem carro você tem? — seu tom de voz é debochado.

— Por favor, mãe! Eu vou ir com o Maurício!

— No final, quem vai ir para Felton?! — exclama irritada.

— Eu, Cathe, Maurício, Cecília, Felipe, Clara, os gêmeos e a Helga. — enumero com os dedos.

— Gabriele, Fabiane e Hugo não vão ir? — pergunta.

— Fabi vai sair maratonar série, Gabi não quis ir, não sei por que e o Hugo também não sei.

Nego com a cabeça ao lembrar de Hugo olhando para a minha menina, seus olhos só faltaram pular assim que ela sorria de alguma coisa que eu dizia ou quando eu a abraçava e eu nunca adorei tanto quando beijei sua boca e pude abraçar seu corpo gostoso e sorrir para ele.

Já tinha percebido os olhares dele sobre ela e em como ela parecia fugir de ficar sozinha com ele, sei que eles estão escondendo alguma coisa, porém não sei se desejo saber se eles se beijaram ou fizeram qualquer coisa a mais.

Não sei como iria reagir a notícia da minha melhor amiga com qualquer um de nossa família, se com o Gustavo foi difícil, imagina com alguém da família.

Fecho a mochila assim que consigo arrumar tudo e passo as alças sobre meus ombros, mamãe se aproxima de mim e me puxa para seus braços, abraço seu corpo e beijo seus cabelos.

— Você acabou de melhorar um pouco, filho! — ela beija minhas bochechas — Eu quero que você fique em casa pelo menos até completar trinta anos.

— Não seja dramática mãe, vai ficar tudo bem.

Ela concorda me mimando mais um pouquinho, quando papai chega nem da muita bola para meu fim de semana fora, diz que confia em nós e, principalmente, em Felipe e Clara.

— Cuidado com o que vai fazer com Catherine!

Seguro a maçaneta com um pouco mais de força do que o é preciso, seu Rian está parado no corredor da saída e mamãe está no andar de cima, praguejando a vida.

— O que foi pai? — viro-me para ele — O senhor foi o primeiro a apoiar o namoro.

— Catherine é a menininha da nossa família Mason, a primeira menina nossa e eu não quero que atitudes de moleques como as muitas que você já teve, magoe ela!

— Eu amo Catherine, pai! — digo a verdade, pode ser como amigo, mas mesmo assim é amor — Nunca magoaria ela!

— Assim eu espero. — respira fundo — Venha até aqui me dar um abraço.

Sorrio abraçando seu corpo, meu pai sempre foi meu melhor amigo, assim como mamae também, ambos sabem que eu os amo demais.

— Eu amo o senhor! — declaro.

— Nós também amamos você, Mason! — passa as mãos sobre meus cabelos se afastando — Agora vai embora, quero aproveitar o fim de semana com sua mãe, se é que me entende.

— Por favor, pai! — faço cara de nojo — Não precisava me contar isso! Céus! É a minha mãe!

— Pelo amor de Deus, filho! Vai dizer que nunca fez isso? — ri descrente — Ou nunca fez isso com a mulher que ama? — ele arregala os olhos e começa a dar risada da minha cara — Catherine e você não fizeram nada ainda? — ri mais ainda — Parece que sua mãe e sua namorada não tem muito em comum mesmo!

— Ah não! Eu vou até sair daqui! — me recuso a aceitar ele falando essas coisas — Tchau pai!

Assim que saio de dentro de casa, ainda consigo escutar suas risadas, caminho até o carro de Maurício e meu melhor amigo está batendo seus dedos sobre o volante assim que eu entrei.

— Mas que demora! — reclama.

— Acredita que papai estava me avisando para cuidar de Catherine e me traumatizando?

— Traumatizando? — estranha ligando o carro.

— Falando da relação deles.

Maurício da risada de mim, a cada vez que conto o que ele fala e minha vontade é de socar meu amigo até ele parar de rir da minha cara, porém ainda tenho que ser responsável e por isso não o faço.

Regra N°1 [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora