Capítulo vinte e quatro

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A médica sorri para mim, enquanto esperamos Cecília voltar com Maurício, eu sabia muito bem que ela não iria deixar que eu e minha melhor amiga assinassemos a alta do Masi, porém tinha que fugir da situação constrangedora que eu mesmo nos coloquei

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A médica sorri para mim, enquanto esperamos Cecília voltar com Maurício, eu sabia muito bem que ela não iria deixar que eu e minha melhor amiga assinassemos a alta do Masi, porém tinha que fugir da situação constrangedora que eu mesmo nos coloquei.

— Ele é seu namorado? — ela pergunta com um sorriso no rosto.

— Meu melhor amigo. — as palavras sai amarga por minha boca.

— Pelo que a enfermeira Jasmine me contou pode ser que essa amizade esteja evoluindo? — pergunto sorrindo.

— É...

— Vocês formam um casal bonito!

Meu rosto pega fogo com sua observação e eu baixo meus olhos para o chão, as duas únicas pessoas que podiam me tirar dessa enrascada dobram o corredor abraçados e eu cruzo meus braços.

— Demoraram! — reclamo.

Maurício nega com a cabeça e beija a bochecha da minha melhor amiga, a médica nem questiona eles e só entrega a caneta para que ele assine a alta, assim que ele lhe entrega o documento de volta, ela sorri se afastando e nos mandando ir buscar Masi.

— Você soube do Mazda3?

— Eu falei com o policial que estava aqui na entrada Cathe, parece que deu perda.

— Que tal não foi esse acidente...

— Graças a Deus que o carro deu perda e não o Mason né? — Ceci concorda comigo.

Quando entramos no carro de Maurício, a loira senta ao seu lado e o Mason comigo atrás, mantenho a distância do lugar ao meio dele, porém na metade do caminho ele burla isso e senta ao meu lado com seu corpo colado ao meu e o braço a minha volta.

Maurício e Cecília fingem nem reparar no passamento do moreno e aumentam a música que toca, consigo ver muito bem suas mãos juntas enquanto vamos indo.

— O que você venho fazer em Julien?

Observo os amigos trocarem um olhar suspeito e minha prima parece ter reparado também, os olhos claros de Ceci pairam nos meus e eu respiro fundo.

— Visitar uns amigos.

As palavras que saíram da boca bem esculpida de meu melhor amigo não me convenceram nem um pouco e Mason sabe disso, seus olhos encontram os meus e eu franzo minha testa, ele pisca suas pálpebras em minha direção.

— Eu realmente não quero que você saiba. — confessa.

Concordo com a cabeça ainda contrariada, porém cedi a sua vontade, o caminho de volta para casa não pareceu tão longo comparado a ida, consegui deixar meu corpo e minha mente relaxar com o peso de meu melhor amigo encostado a mim, dormindo no mais sereno sono.

Maurício nos deixou na casa da tia Camila e do tio Rian, Masi resmungava a cada passo que dávamos para a porta. Antes que eu pudesse puxar a chave de dentro do bolso dele, a porta é escancarada e tia Camila está parada em nossa frente com seus braços cruzados sobre os peitos.

— Por que o seguro do carro ligou para nós avisando do acidente e vocês dois não?

Mason vendo que não tinha saída, solta-se de mim e puxa a mãe para um abraço.

— A senhora não tem ideia como eu fiquei com medo!

Encaro meu melhor amigo que está usando seu poder de persuasão sentimental com sua mãe, a tia o abraça como se ele fosse um enorme bebê e eu seguro a risada que quero soltar vendo essa cena.

— Você tá bem? — ela se afasta e passa seus olhos em todo seu corpo — Se machucou? Te trataram bem?

Ela o encaminha cuidadosamente para dentro de casa e eu os sigo de perto, Mason senta nos sofás brancos da sala com titia ao lado e eu sento-me nas poltronas das pontas, a mesa de centro bem arrumada com um livro marcado no centro, certamente que a tia estava lendo quando chegamos.

— Eu estou bem mãe, só com algumas dorzinhas da batida.

Sua voz sai manhosa e eu deixo uma risadinha sair sem querer, ambos me olham e eu só levanto as mãos em rendição.

— Eu vou indo! — declaro depois de um tempo vendo Mason agindo como uma criança e a tia o trotando como um bebê.

— Mas já? — ele pergunta assim que beijo sua bochecha.

— Sim, eu tenho que pegar as aulas de hoje com minha colega ainda.

— Por que você não pega as aulas e volta para cá?

Gruda nossas mãos e me pede manhoso.

— Porque você vai ser bem cuidado por tia Camila, uma enfermeira e eu não serei útil. — digo separando nossos dedos.

— Fica aqui! — pede me pegando pelo pulso dessa vez — Aposto com você que mamãe ia adorar ter alguém para a ajudar me cuidar né mãe?

— Não me importaria.

— Eu vou embora Mason — sentencio vendo sua cara desgostosa —, amanhã eu venho aqui passar o dia com você.

— Só amanhã?

— Amanhã!

Ele resmunga se encostando no sofá, vou lhe dar outro beijinho sobre a bochecha e ele pega em meu rosto beijando meus lábios, entrego-me ao calor do momento e o beijo com a mesma vontade, tia Camila tosse e eu tento me afastar de meu melhor amigo, porém Mason me segura firme contra ele.

— Masi! — o reprendo me afastando.

— Só estava com saudade de seu beijo.

— A sua mãe está aqui Mason!

Ele sorri malicioso e me puxa para mais um abraço, seus braços torneiam minha cintura e sua boca encosta na curva de meu pescoço, sussurrando baixinho:

— Preciso de minha mãe próxima para matar minha saudade de sua boca, amor!

Arfo com a intensidade de suas palavras e praticamente corro de seu toque, tia Camila me acompanha até a porta e nos despedimos com beijinhos nas bochechas e eu caminho calmamente para casa.

Regra N°1 [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora