Capítulo vinte e três

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Mordo meu lábio inferior com força para não gritar assim que a enfermeira passa algo sobre minhas costelas, eu não tive lesões muito graves, a pior, com certeza, foi o corte abaixo de meu peito que elas tiveram que costurar, nada muito extraordiná...

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Mordo meu lábio inferior com força para não gritar assim que a enfermeira passa algo sobre minhas costelas, eu não tive lesões muito graves, a pior, com certeza, foi o corte abaixo de meu peito que elas tiveram que costurar, nada muito extraordinário, mas que dói pra cacete.

— Não estaria doendo se o mocinho estivesse atento ao trânsito!

A enfermeira não tinha menos que cinquenta anos e estava com seus olhinhos quase fechados enquanto me olhava mau-humorada.

Quando acordei depois do desmaio, essa mesma enfermeira estava em meu quarto, o médico que me atendeu disse que ela não quis arredar o pé daqui, alegando que eu parecia com seu neto.

— Qual é o seu nome? — questiono curioso.

— Jasmine. — diz seca.

— Sou o Mason — sorrio em sua direção —, obrigada por estar me ajudando.

— É o meu trabalho!

— Então agradeço a vocês e a todos por seu trabalho!

Ela rola os olhos castanhos e agradece baixinho, antes que eu possa falar qualquer coisa a porta é aberta e a morena mais linda que eu conheço aparece com seu rostinho vermelho, os olhinhos azuis levemente arregalados e a boca gostosa em um sorrisinho tímido.

— Eu vou te matar!

É a primeira coisa que ela fala antes de se atirar contra mim, resmungo com dor, entretanto quando ela vai se afastar eu a abraço com ainda mais força.

— Babe!

Cheiro seus cabelos sentindo o aroma de flores que só ela tem, minha menina é uma obra prima.

— Você tem ideia de como me preocupou? — pergunta se afastando e cruzando os braços.

— Desculpa minha linda! — peço.

— Oi tudo bem? — repara na enfermeira e pela primeira vez, a senhora mau-humorada sorri para ela — Ele está bem?

— Oi minha querida! — sua voz sai animada — Ele está bem agora, reclamando um pouco de dor.

— Obrigada por cuidar dele!

Catherine agradece abraçando a enfermeira carrancuda com um enorme sorriso no rosto, essa minha garota é um espetáculo.

— Não precisa agradecer querida.

Elas sorriem em conjunto e a porta é novamente aberta, encaro o casal sorridente e minha Cathe da um gritinho abraçando a amiga, olho curioso para Maurício e ele sorri como nunca.

— Impossível eu ter perdido tanta coisa em apenas uma noite e uma manhã. — brinco.

— Impossível eu que perdi isso em dez minutos!

A morena ri se soltando de minha prima e vindo para o meu lado.

— Deixem de ser idiotas! — a loira ralha com um sorriso no rosto.

— O que você aprontou dessa vez? — Maurício pergunta curioso.

— Fui trocar a música e o carro da frente parou, bati nele e fui batido pelo de trás. — Cath revira os olhos.

— Falta de atenção! — resmunga.

— Mas tem alguma lesão grave senhora? — minha prima pergunta para a dona Jasmine.

— Ele está bem, só precisará de cuidados extras para não infeccionar suas feridas.

— Eu estou preocupado com o meu Mazda3!

Gemo em frustração só de imaginar a situação que meu pobre carrinho deve ter ficado.

— O tio vai te matar! — meu, queridíssimo, amigo comenta rindo.

— Falar nisso — Cath chama nossa atenção pegando seu celular —, vou ligar para eles.

— Não, amor! — nego — Quando chegarmos lá eu me ajeito com eles.

Ela pisca suas pálpebras em minha direção e eu não consigo entender o porquê de sua confusão ao me olhar.

— Eu... Você... Nós...

— O que foi amiga? — Ceci pergunta preocupada.

— Você... Amor... Eu... Chamou...

— O que? — não entendo nada.

Seus olhos param em mim e por alguns segundos fico sem reação com a intensidade de seu olhar, então o imprevisível acontece, Catherine se aproxima da cama e gruda nossas bocas, beijando meus lábios com desejo e eu a puxo para mim.

Escuto o assobio vindo do outro casal e antes que eu possa me aproveitar um pouco mais da minha garota, ela se afasta após dar uma leve mordidinha em meu lábio inferior.

Céus! Eu estou apaixonado!

— Vou lá assinar a sua alta.

Minha menina pega na mão de sua melhor amiga e sai porta a fora com a loira, passo minha língua sobre minha boca ainda sentindo o gosto de seu beijo, Mauricio sorri se aproximando e a enfermeira Jasmine nega com a cabeça.

— Até que serviu para alguma coisa esse meu acidente. — brinco com Maurício.

— Esse beijo iria acontecer de qualquer jeito!

— Deus te ouça que ele siga acontecendo!

Aconchego-me melhor na cama com um enorme sorriso no rosto.

Regra N°1 [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora