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uma semana e meia depois. 📅

— Miguel, vem pra cá - Nathalia fala com ele, que apenas da risada - Anda logo Miguel, vem pra cá.
— Quer ver a rua mamãe - Fala se aproximando da porta de correr que dá acesso ao terraço.
— Que ver a rua o que, tá doidão? - Digo e ele ri mais - Vem pra cá.
— Mais eu quer ver a rua - Aponta lá pra fora.
— Papai vai te mostrar então - Levanto do sofá.
— Leonardo, cuidado, pelo amor de Deus - Ela diz me olhando.
— Relaxa mor - Digo me aproximando dele e o pego no colo.

Segui com ele pro lado de fora e me aproximei do muro de proteção e então observamos tudo. Nós já tinhamos pedido pra virem instalar uma grade de proteção maior, apensar de ser impossível que o Miguel alcançasse o muro, mas não era bom arriscar.
Era nosso primeiro dia no apartamento novo e não tinha muito o que arrumar, só as nossas roupas e umas coisas no quartinho do Miguel, que inclusive tinha amado o apartamento, principalmente meu estúdio, porque de acordo com ele era a caverna do Batman.

— Amor, tava pensando aqui - Nathalia diz e então olho pra trás e vejo ela sentando em uma das espreguiçadeiras - Amanhã tenho que ir em Barueri, buscar minhas coisas de cozinha, porque as que a gente trouxe são poucas.
— Quer comprar umas coisas novas? - Coloco o Miguel no chão.
— Não vida, as que eu tenho tão tudo boa, eu só deixei lá na minha mãe porque achei que o que tinha aqui dava.
— Amanhã cê vai então - Digo sentando na ponta da cadeira e ela passa os pés pro meu colo - Cê viu que tem uma creche descendo a rua?
— Aham - Encara o Miguel sentado no chão com um carrinho - Mas ele não vai pra creche não, tenho medo das outras crianças judiarem dele.
— É, aí é osso.
— Mas tava pensando em uma professora ou babá, meio período talvez - Diz - Pra ele começar a aprender a mesma coisa que as crianças que vão pra creche. Vai ficar em casa, então eu consigo controlar.
— Ah mor, será que é uma boa? - Pergunto.
— Não sei vida, mas a gente pode testar. Pergunta pra sua tia se ela não conhece ninguém que cuide de criança, mas que ensine também.
— Vou pedir o número dela pro meu pai e ligo amanhã, pode ser?
— Pode - Sorri.
O que cê acha da gente viajar no fim do mês? - Aperto os pés dela fazendo massagem.
— Pra onde?
— Sei lá, algum lugar no interior, no meio do mato - Digo e ela ri - Tava querendo acampar, mas com o Miguel vai ser meio difícil.
— Vai mesmo - Ri - Mas porque cê não chama os meninos? Certeza que eles topam.
— Eu tenho família agora, não vou ficar de rolê assim não - Digo e ela ri - Sério mor, não vou sem vocês não.
— Para de ser bobo, cê sabe que eu não ligo.
— Mas e quando chegar sua vez de querer ir sem mim? Vou ter que deixar, né?
— Depois não sabe de onde que o Miguel puxou esse ciúme todo, né?
— De mim que não foi - Digo rindo - Vamo pedir comida?
— Pede aí - Tira os pés do meu colo e senta - Vou tomar um banho.
— Vamos então - Digo.
Eu também vai - Miguel fala e nós rimos.

[ ... ]

laços reais ✨• leozin mcOnde histórias criam vida. Descubra agora