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Fui dormir por volta das 07:00 da manhã e acordei às 16:30 com o Miguel dando gargalhadas por causa do desenho. Nathalia tinha ido resolver algumas coisas na rua e me acordou pra falar que o Miguel estava ali deitado comigo e eu apenas concordei e voltei a dormir.

— Eai cara - Falo com o Miguel.
— Eu acordou você papai? - Me olha receoso.
— Acordou - Falo rindo - Mas não tem nada não, papai já tinha que acordar mesmo.
— Me dá saladinha de fruta? - Sorri.
— Vamo tomar banho e aí a gente vai comer, ta?
— Mamãe já deu banho, não quer tomar de novo.
— Tá bom então, fedido - Falo me levanto.
— Não sou fidido, sou neném cheirosinho da minha mamãe - Fala se referindo as coisas que a Nathalia fala pra ele.
— É, né? - Ri - Fica aí, quietinho, papai já vem.

Segui pro banheiro e depois de tomar banho e me vestir, segui com ele pra fora do quarto. Deixei ele no sofá e segui pra cozinha, coloquei minha comida pra esquentar e fui preparar a salada de fruta dele.
Quando voltei pra sala pra pegá-lo pra comer, vi o painel do elevador se acender, indicando que alguém estava subindo estranhei, já que o porteiro não interfonou. Poderia ser a Nathalia, se eu não estivesse falando com ela por mensagem e ela tinha me dito que estava no centro, então corri até o sofá e peguei o Miguel no colo e esperei até que as portas se abrissem.

— Que que cê tá fazendo aqui, Camilla? - Digo ao vê-la.
— Eu vim... Ãn...
Fala, porra! - Altero o tom de voz.
— Eu deixei umas coisas minhas no quarto do Miguel e preciso delas - Se aproxima.
— Tudo que tinha seu aqui, a Nathalia jogou fora. Vai embora.
— Ela jogou minhas coisas fora? Essa menina é maluca?
— Maluca é você de vir aqui, cê perdeu a noção da vida mesmo, né?!
— Papai, não grita, pur favor - Miguel pede manhoso.
— Desculpa - Desço ele - Vai lá pro seu quarto, só sai quando o papai chamar, tá?
— Tô de castigo? - Me olha.
— Não, é só pro papai conversar com ela.
— Miguelzinho...
Você é malvada - Miguel olha pra ela - Eu não gosta de você purque você fez dodói ni mim.
— Você desculpa a titia? - Se abaixa pra ficar da altura dele.
Não, buxa malvada.

Num ato inesperado, ele crava os dentinhos na mão dela que estava estirada pra ele. Vi os olhos dela se arregalaram e antes mesmo que ela pudesse fazer qualquer coisa, ergui ele pela barriga e o levei até o corredor e vejo ele seguir pro quarto.

— Ele me mordeu - Diz irritada.
— Você beliscou e apertou o braço dele.
— Vocês não vão me perdoar nunca, né? - Dá um passo pra frente.
— Cê ainda tem alguma dúvida? Na moral fia, vaza daqui, não me deixa perder a paciência contigo não.
— Chegou uma notificação judicial na minha casa, sabia? Aquela amiguinha da Nathalia, junto da sua mãe e a sua namoradinha entraram com um processo contra mim.
— Primeiro que não é namoradinha, é minha mulher, mãe dos meus filhos - A corrijo - E também mano, você achou que ia encostar a mão no meu filho e sair de boa dessa porra? Nem fodendo.
— Então você não tá com saudade de mim aqui? - Se aproxima mais.
— Lógico que não, doente do caralho.
— Sério? - Minhas costas batem na parede e nós ficamos cara a cara.
— Sai de perto de mim, eu não quero te machucar.
— Depende de como for, eu gosto - Sussurra perto da minha boca.
— Na moral Camilla, sai fora porra.
— O que vai acontecer se a Nathalia chegar aqui e ver a gente assim, hein? - Sorri.
— Ela vai te jogar lá embaixo, no mínimo - Empurro ela tentando não ser bruto e ela se afasta - Nathalia confia em mim, sabe que eu nunca ia ficar contigo.
— Será que confia? Seria a minha palavra dizendo que você correspondeu um beijo, contra a sua negando. Ela pode confiar, mas isso vai deixar ela muito confusa - Começa a levantar a blusa mostrando os peitos, já que não estava usando sutiã - Você gosta dos meus peitos, não gosta?
— Na moral Camilla, para com essa porra, caralho.
— Então você não me quer nenhum pouquinho? - Volta a se aproximar.

Ela chegou muito, mas muito perto mesmo. Tão perto que eu podia sentir a boca dela começando a encostar na minha e apesar de eu achar ela uma mulher muito gata, o que ela fez, tinha estragado totalmente a pessoa que ela era, então segurei firme no pulso dela e a puxei em direção do elevador.

— Você tá me machucando!
— Não tô nem aí.
— Leonardo, tá doendo mano, para.
O meu filho falou a mesma coisa pra você e você parou? - Seguro ela pelos ombros enquanto falo cada vez mais alto - Não, você machucou ele, beliscou e fez ele chorar!
— Por favor, me solta - Diz e vejo os olhos dela se enchendo de lágrimas e percebi que realmente estava a segurando firme.
Some da minha vida e da minha família, eu não quero te ver nunca mais, tá me ouvindo?!
— Eu ...
Tá me ouvindo, porra?!
— Sim, eu tô... Me deixa ir, por favor.

Soltei-a de uma vez e ela entrou no elevador totalmente em choque. Quando as portas se fecharam, eu percebi que talvez tenha agido mal, não deveria ter feito nada pra machucar ela, mas eu estava com muito ódio e não consegui me controlar.

— Papai? - Miguel chama e então vejo ele parado no cantinho - Tô com medo.
— Do que meu filho? - Me aproximo.
De você - Diz manhoso - Você tá com cara de doido malvado.
— Ô meu filho - Estendo os braços pra ele vir pro meu colo - Desculpa, é que ela fez dodói em você e eu fiquei com raiva.
— Você não pode fazer machucar a minha mamãe, tá?
— Não vou, não fica com medo não, vem com o papai.
— Nem eu?
— Nem você e nem ninguém, o papai não é malvado - Me abaixo - Você desculpa o papai?
— Você fez saladinha de fruta?
— Fiz - Dou risada.
— Então eu desculpa - Se agarra ao meu pescoço e me abraça.

[ ... ]

laços reais ✨• leozin mcOnde histórias criam vida. Descubra agora