Caçada

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— Muito bem, o que temos aqui? — perguntou Hon ao seu batedor mais sadio.

— Mestre Hon, foi aqui que encontramos a besta, na volta da batida. — respondeu o batedor.

Feng se ajoelhou e analisou a área. Era a menos de cem metros da gruta indicada pelos seus batedores. O córrego era ouvido ali perto e a gruta provavelmente estava não muito distante. Havia uns chumaços de pelos, umas gotículas de sangue, trapos de tecido... a luta não devia ter sido bonita de ser vista.

— Opa. — disse Long Feng, encontrando algo no mínimo curioso.

— O que foi? — perguntou Hon.

— Achei um dedo e uma presa. Talvez um incisivo. — respondeu Feng, entregando o achado.

A presa, todos notaram rapidamente, tinha facilmente o triplo do tamanho do dedo — que se descobriu ser o dedo médio.

— Que besta fez isso? — perguntou-se Hon em voz alta.

— Algo híbrido com ursos. — respondeu um dos voluntários. — Essas pegadas são de ursos.

— E a urina fede a algo parecido com um réptil. — comentou a única voluntária. — Talvez um lagarto ou cobra.

"Ótimo. Uma criatura forte como ursos e venenosa como uma cobra? Que os deuses não a façam estar correta" pensou Long Feng.

— Os rastros levam para lá. — disse outro homem, apontando para sudoeste.

— Tive uma ideia... — disse Feng, virando-se para o batedor. — Qual o tamanho da besta, vocês viram o suficiente?

— Era quadrúpede e tinha pelo menos três metros até o ombro. — respondeu o homem.

— Vamos forçá-la a vir até nós. — Long Feng anunciou aos presentes, sacando um chifre de prata e uma placa de jade.

— Como? — perguntou Hon enquanto via o garoto escrevendo algo.

— Com isso que você tem em mãos. — Feng respondeu, pegando o dedo e a presa. — Acho melhor ficarem de tocaia.


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Ali do alto dos galhos mais grossos das árvores que rodeavam o local onde encontraram os restos do batedor e da fera, Hon e os demais assistiam Long Feng espalhar sangue de algumas bestas, talismãs, pedras rúnicas e placas de jade ou obsidiana. Além delas, uma última chamou a atenção dos observadores: uma placa do tamanho de uma palma com o dedo e a presa atados nela. Foi então cavado o chão e a placa nele enterrada. Long Feng então começou a usar de selos de mão e concentrar seu ki, ajoelhando-se e tocando o montinho escavado com a palma da mão envelopada em ki da terra.

O silêncio manteve-se ali enquanto o garoto voltava para as árvores e longe do chão. Era esperar. Um urro cimério foi ouvido, muito mais selvagem que as bestas tidas como normais.

Renascer de Um HeróiOnde histórias criam vida. Descubra agora