CARLOS
QUANDO CHEGAMOS em casa, eu foquei minha atenção na mão de minha princesa, machucada por conta dos socos.
― Princesa, eu não sei como te agradecer...
― Me lembrei de você batendo naquele cara que machucou a mamãe grávida e que me deu um tapa. Só quis te defender, pois vi que você não estava bem.
― Eu achei que tinha superado. Mas vejo que ela ainda consegue me deixar sem reação.
― Tio Ca... - eu coloquei gelo em sua mão, que estava com os nódulos de alguns dedos, muito vermelhos ― alguma vez, você achou ela atraente ou deu asas, pra ela achar que você gosta dela?
― Nunca! Acho que ela faz isso, pois me acha vulnerável. E como eu entro em pânico quando ela se aproxima, ela acaba fazendo o que quer de mim.
― Mas vocês transaram... tipo, ela alguma outra vez, abusou de você?
― Uma vez, eu... - respirei fundo e busquei na memória, algo que eu tinha escondido lá no fundo ― eu tava saindo da biblioteca, tinha ido levar uns livros. A biblioteca estava fechando, era noite... ela se aproximou, me levou para a lateral da biblioteca e começou a me tocar... eu larguei a mochila no chão, tentei tirar a mão dela de mim...
― Então ela conseguiu abusar de você outra vez?
― Não. Eu não fiquei ereto e também, o Gabriel chegou bem na hora que ela ia começar a me... a fazer... oral. Ele me arrastou de lá e disse que se ela se aproximasse de mim outra vez, ele iria resolver com ela.
― Acha que o Gabriel bateria nela?
― Não sei. Acho que não, mas creio que ele pode ter alguma carta na manga, contra ela.
― Tio Ca, você me desculpa pelo beijo?
― Não precisa me pedir desculpas, princesa. Sei que você fez aquilo pra me ajudar.
― Acho que você deveria fazer uma sessão com um psicólogo, pra te ajudar a superar isso e pra que você consiga fugir dela, caso vocês se encontrem outra vez. Ou um advogado, para sei lá... tentar algo.
― Vou pensar nisso.
Fomos dormir e no outro dia pela manhã fui acordar ela. Ao contrário do que sempre acontecia, que era ela me acordando.
― Princesa linda, acorda...
― Hummmm
― Acorda Diana.
― Meu pijama não é pequeno!
― Não tô falando de sua roupa, mas do fato de você me defender, Mulher Maravilha.
― Ai tio Ca! - ela começou a rir.
― Eu sabia que um dia, essa sua mão pesada, serviria para algo - comecei a rir ― Agora, levanta e vamos tomar café na lanchonete lá da esquina.
― Por que na rua?
― Não tô afim de cozinhar... e você com essa mão assim, melhor não fazer também.
Ela olhou a própria mão e nos locais que estavam vermelhos na noite anterior, hoje pela manhã estavam meio arroxeados.
― Tá bom - ela respirou fundo.
― Faça suas higienes que eu lhe aguardo na sala.
Com alguns minutos, ela apareceu com roupa trocada e dizendo que estava pronta. Pegamos nossos celulares, eu peguei minha carteira e fomos.
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Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2
RomanceTe apresento o Carlos! Um lindo jovem de vinte e dois anos. O qual foi apaixonado pela Adriana, a melhor amiga de sua irmã, desde os dez anos. Mesmo afastados por anos, ele continuou cultivando sua paixão pela Adriana. E na primeira oportunidade qu...