CARLOS
COLOCAMOS AS malas nos quartos, eu no meu antigo quarto e Nina ficou com o quarto da psicopata. Tínhamos quarto de hóspedes, mas minha mãe achou que a Nina ficaria mais à vontade no quarto da retardada.
Assim que nos instalamos, eu saí indo ao depósito ao lado da casa, achei tudo que queria ou ao menos boa parte.
— Nina, eu vou dar um pulo na cidade e volto logo, aproveita e pega essa mochila e coloca uma roupa de banho, toalha, o repelente, vista uma calça jeans e calça um tênis. Coloque coisas que poderá precisar num acampamento, incluindo um casaquinho, você trouxe?
— Sim.
Eu fui até a cidade, precisei comprar algumas coisas complementares pra levar. Ao chegar no armazém, onde eu poderia encontrar tudo que iria precisar, dei de cara com o Tadeu.
— Olha só... tudo bem, Carlos?
— Olá, Tadeu, tudo bem e você?
— Bem. O Gabriel vai gostar de saber que você tá na cidade.
— Não vou ficar muito tempo, vim com minha afilhada e vamos pro mato! Estarei em casa amanhã por volta das 18 ou 19 horas, se puderem me dar um alô e tomar um café...
— E conhecer sua afilhada, afinal seus pais e o Gabriel falam muito dela, dizem que está sempre com você, quase como uma filha adotiva.
— Claro. Deixa eu ir, tô com pouco tempo.
Ele seguiu o rumo dele e eu o meu. Comprei tudo o que precisava e voltei pra casa, Nina havia trocado de roupa e já estava de mochila pronta.
— Princesa me ajuda a colocar tudo na caminhonete do papai?
— Claro!
Logo depois, partimos para acampar, fazia anos que não acampava.
Cheguei o mais perto que dava da trilha, para não termos que caminhar muito.
— Amor, vamos ter que caminhar, aproveitar que ainda tem sol. Tudo bem pra você, princesa?
— Claro, tio Ca!
E assim, peguei meu mochilão de acampamento, entreguei uma bolsa a ela, peguei o restante das coisas e fomos trilha adentro. Chegamos à clareira próxima da cachoeira em menos de vinte minutos, colocamos tudo no chão e tratei logo de montar as barracas.
— Duas barracas, tio Ca?
— Claro, uma para você e outra para mim. Olha, eu coloquei o colchonete na minha e o saco de dormir na sua... a noite geralmente a temperatura cai bastante aqui... então comprei um saco de dormir grande... bem macio e quentinho. Passe bastante repelente, princesa... aqui fora tem muito pernilongo.
— Tá bom. Quer ajuda em algo?
— Pode pegar essa lanterna aí ao lado da mochila?
— Essa?
— Sim - ela me entregou e eu coloquei dentro de minha barraca — Tá vendo esse lampião com led? Vou deixar na entrada da sua barraca, assim se você precisar de iluminação...
— E se eu precisar ir ao banheiro?
— Vai ter que ir no mato.
— Eu sei, mas... sozinha? E se tiver um bicho, uma cobra?
— Se precisar, você me avisa e eu vou com você... mas você não fará isso na minha frente.
— Ou seguro até de manhã - comecei a rir.
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Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2
Roman d'amourTe apresento o Carlos! Um lindo jovem de vinte e dois anos. O qual foi apaixonado pela Adriana, a melhor amiga de sua irmã, desde os dez anos. Mesmo afastados por anos, ele continuou cultivando sua paixão pela Adriana. E na primeira oportunidade qu...