Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2

CAPÍTULO LXXI

CARLOS

EDUARDO ME puxa do chão e quando fico de pé ele me acerta um soco, o que me faz cair novamente. Nina e Dri entram na frente para impedir dele me bater outra vez.

— Pai para!

— Eduardo...

— Você beijou minha filha na boca!

— Eu posso explicar - disse me levantando.

— Você vai explicar... quero todo mundo na mansão, AGORA!

Ele deu as costas como resposta indo em direção ao estacionamento. Clara e Bruno me ajudaram e fomos todos para o estacionamento, deixando o Flávio caído juntamente com o outro cara, que não sei quem é.

Quando chegamos à mansão, Eduardo desceu do carro e sua cara já me dizia que a noite seria longa e certeza, nada boa.

Adentramos à mansão e ele foi logo falando...

— Todos vocês, sentados!

Nos acomodamos e eu sentia bastante dor no meu peito e meu rosto queimava.

— Eu preciso limpar e tratar do meu irmão, meu sogro - disse Clara.

— Ele não vai morrer se esperar um pouco. Agora, eu quero saber o porquê de vocês estarem se beijando na boca.

— Eduardo se acalma, você, nervoso como está, nem vai dar ouvidos aos dois - disse Dri.

— Eduardo, a Nina e eu...

— Nós estamos namorando, papai!

— Como é que é? Que pouca vergonha é essa? Desde quando isso? - Eduardo veio para cima de mim.

— Olha só... quebrar minha cara não vai mudar nada! - disse ficando de pé — Estamos namorando faz três meses.

— Como? Ela não tá em Nova Iorque? Ou você mentiu pra mim, menina? - ele disse olhando feio para a Nina.

— Eduardo, o Carlos não passou o natal conosco, pois ele estava com a nossa filha!

— Espera um pouco... Você sabia disso? - ele pergunta furioso para a Dri.

— Sabia. E o Carlos me pediu permissão e eu dei!

— Como é que é, Adriana? Você abençoou isso?

— Eles se amam, Eduardo!

— Eu queria ter pedido a permissão a você, mas...

— Mas fazer no escurinho é mais interessante pra você! - ele me interrompeu.

— Ele não pediu, porque eu não deixei - disse Dri encarando o marido.

— Quem mais sabia disso?

— Eu... - Clara levantou a mão.

Eduardo olhou para o Bruno deduzindo que se a minha irmã sabia, o marido também.

— Eu não sabia, soube agora, mas... pra ser honesto, não me surpreendi, tava na cara que aconteceria.

— Eu não sabia, mas agora tudo se encaixa - disse o Gui.

— Como assim, tudo se encaixa? - perguntou minha irmã.

— Vocês estavam se beijando, não foi?

— Olha Eduardo, eu amo a sua filha e quero fazê-la feliz. E ela me ama.

— Você é o PADRINHO dela!

— Isso eu não posso mudar, se pudesse, mudaria. Só que ninguém nesse mundo ama mais a Nina que eu!