NINA
EU ESTAVA tomando soro, a bolsa com sangue havia acabado e já haviam retirado. Carlos deitou comigo na cama e me puxou com jeitinho para que eu ficasse deitada em seu peito. Ele enroscou os dedos em meus cabelos e começou a me fazer cafuné. Como eu amo esse homem. Faria e faço tudo outra vez por ele.
— Fiquei tão apavorado com medo de perder você.
— Carlos, eu disse a você que tinha visto aquela cena no meu pesadelo, cresci sonhando com aquilo. Eu já ficava em pânico sem ver quem eram as pessoas, depois que vi o seu rosto e daquele cara, fiquei ainda pior. E quando ouvi ele falando aquilo de "Não mexer com sangue dele", eu só queria que não terminasse como no meu pesadelo, com você levando um tiro no peito.
— Amor, você arriscou a sua vida e a do nosso bebezinho - ele passou a mão em minha barriga — O que eu faria se perdesse vocês? Juro que me matava, não ia conseguir seguir sem você, minha pequenininha - ele falou e me apertou um pouco mais, dando um beijinho em minha testa.
— Não fala isso... eu também não saberia viver sem você.
— Vamos mudar de assunto...
— Vamos.
— Eu tô muito feliz que você vai me dar o meu primeiro bebê, já que você me fez jogar vários no lixo do banheiro - ele falou fazendo bico.
Comecei a rir.
— Como é que é?
— Dentro da camisinha... vários bebezinhos meus foram jogados fora.
— Ah, Carlos... você não existe!
— Existo sim! Porque o meu pai não me jogou dentro do lixo do banheiro, dentro de uma camisinha - começamos a gargalhar — Mas só vacilamos uma vez e você tomou a pílula, por que não funcionou?
— Pensei que você desconfiaria de mim e pensaria que o filho não seria seu...
— Tá maluca? Tenho tanta certeza que é meu como meu amor é seu!
— Uns dez dias depois que você viajou, minha regra não desceu...
— E você sempre foi muito certinha...
— Espera aí, mocinho! Você...
— Sei quando desce sua regra. Primeiro que a primeira vez, foi quando você estava comigo, segundo que às vezes, você reclamava de cólica... então gravei a data. Para que quando viajássemos ou fossemos em algum local que você não pudesse ir, eu já saber planejar direitinho. Por isso planejei o nosso casamento no início do mês o civil e no fim do mês o religioso.
— Safado!
— Não, só sou um marido dedicado que conhece bem a sua esposa.
— Tá, mas continuando... quando não desceu e eu comecei a enjoar, pensei na possibilidade e fui na ginecologista e ela confirmou a gravidez.
— Por que não me contou?
— Não queria falar isso por um telefone ou por uma câmera - dei um beijinho em seu peito — Eu disse a ela que não era possível, pois eu havia tomado a pílula do dia seguinte. Daí ela me disse que nenhum método contraceptivo é cem por cento eficaz e perguntou se eu não tomei nada junto... e me lembrei do antibiótico que eu tava tomando na época.
— Eu não sabia que isso interferia.
— Você está feliz? Não acha cedo demais?
— Eu sempre fui louco para ser pai. E a questão de vir cedo, acho mais complicado pra você do que pra mim. Eu prometo que serei um bom pai e vou dividir todas as responsabilidades com você. Só não posso gerar e amamentar, mas o resto, faço questão de compartilhar contigo.
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Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2
RomanceTe apresento o Carlos! Um lindo jovem de vinte e dois anos. O qual foi apaixonado pela Adriana, a melhor amiga de sua irmã, desde os dez anos. Mesmo afastados por anos, ele continuou cultivando sua paixão pela Adriana. E na primeira oportunidade qu...