CARLOS
PASSARAM-SE DOIS meses desde que havíamos começado aquele esquema. E num fim de semana no mês de agosto, estava frio e passei em casa antes para pegar um casaco pra poder ir pra mansão ter o meu fim de semana com minha pequena. Cheguei à mansão já eram quase dez da noite. Nina veio correndo pra mim, nem esperou eu descer da moto. Ela estava chorando e lançou os braços pra mim, me pedindo colo.
Desci da moto, tirei o capacete e peguei ela no colo.
— Que foi princesa? Por que tá chorando?
— Você veio pra ficar, né?
— Sim. Vim passar nosso fim de semana juntos - ela colocou a cabeça no meu ombro, e os bracinhos em torno do meu pescoço. Caminhei com ela no colo até a casa e entrei.
— Viu, Nina, seu tio Ca, tá aqui.
— O que aconteceu? Por que ela tava chorando? - perguntei ao Eduardo.
— Ela viu dar oito horas e você não chegou, achou que você não viria. Por mais que a gente dissesse que você estava só atrasado, ela não acreditava.
— Já comeu?- perguntou Adriana.
— Comi algo. Eu passei em casa para pegar um casaco. O tempo virou e eu não tinha colocado nenhum na mochila.
— Tio Ca, conta uma historinha para eu dormir?
Levei ela para o quarto dela e coloquei ela na cama. Sentei ao lado e comecei a contar a historinha da Branca de Neve. Nina segurou minha mão até dormir, cobri ela, apaguei a luz do quarto deixando só o abajur aceso, encostei a porta e desci.
Clara e Bruno estavam na sala quando cheguei e, quando desci, o Bruno veio falar comigo.
— Espero que você seja assim também com o seu sobrinho.
— Quando vocês me derem um, eu também vou amar ele ou ela.
— Assim que ele nascer, espero que você cuide bem dele.
— Espera... Como assim, assim que nascer?
— Estamos grávidos - disse Clara.
— Sério? Parabéns, pervertida! - dei um abraço na minha irmã, que me deu um belo tapa — Você também, cunhado.
— Obrigado.
— Tenho que parabenizar os avós também, né Adriana? Você agora é vovó.
— Ai, Carlos fala sério!
— Uai, tu é casada com o Eduardo, ele é pai do Bruno, você passou do status de amiga para vovó! Eu não sei porquê o Bruno nunca te chamou de mãe ou madrasta - Adriana me jogou uma almofada.
— Quando é que você vai crescer, babaca? - perguntou Clara.
— É justamente por ele ser crianção que a Nina gosta dele - disse Bruno.
— Ela gosta de mim, porque sou um cara legal. E vou ser um ótimo tio para esse moleque. Vou levar ele pra putaria e ensinar umas paradas pra ele.
— Seu doido!
— Só tenho pena por ele vir como filho dessa retardada!
— Vai se ferrar, Carlos!
Ficamos conversando até tarde, o papo rolou descontraído. Clarinha estava de 4 meses já e, naquele dia havia feito a ultra e descobriu o sexo do bebê. Quase uma da manhã, subo para o quarto e me deito.
— TIO CA! - Nina deu um pulo em minha cama, me acordando no susto. Ela me agarrou e apertou seus bracinhos em torno do meu pescoço e chorava muito.
— Princesa!? Que aconteceu? - acendi a luz para ver se ela não estava machucada.
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Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2
RomanceTe apresento o Carlos! Um lindo jovem de vinte e dois anos. O qual foi apaixonado pela Adriana, a melhor amiga de sua irmã, desde os dez anos. Mesmo afastados por anos, ele continuou cultivando sua paixão pela Adriana. E na primeira oportunidade qu...