CAPÍTULO LVII

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CARLOS

― SÓ MESMO a Nina, pra conseguir fazer você sair daquele fim de mundo! - disse a psicopata.

― Eu vim trazer ela. E bom dia pra você também, retardada!

― Olha como ele tá feliz...

― O que?

― Nina, desde que você viajou, o Carlos lembrou do meu nome... acredita?

Todos riram e a Nina foi sentar-se no colo do pai.

― Oi, meu tesouro!

― Oi, papai, que saudade - ela deu um beijo estalado na bochecha dele, levantou em seguida e foi cumprimentar a todos.

Eu fiz igual, cumprimentando todos. Achei o meu sobrinho grande com já seus catorze anos.

― Gui, você tá enorme!

― Pois é, tio Ca, eu só vi você pouco antes do natal do ano passado.

― Ele tá namorando, Carlos, sabia?

― É sério? - olhei para ele sorrindo.

― Nada, é exagero do meu pai, só porque convidei uma amiga do colégio pra ir ao cinema, já que você e a tia Nina agora, não vão mais comigo.

― Carlos, você sabe, tanto quanto todos aqui, que esse menino não largava o celular por nada, mas agora... não só larga o celular, como esquece dos jogos de game.

― Pai não exagera! - ficamos rindo.

― Não vai perguntar por seu namorado, filha? - disse o Eduardo.

― Onde ele tá?

― O folgado tá na piscina com a Larissa.

― Adriana, deixa o rapaz se divertir - pediu o Eduardo.

Dri fez um bico de quem não gostava nada da situação.

― Bom, Adriana e Eduardo, eu posso subir pra deixar a mala da Nina no quarto dela?

― Carlos, desde quando você precisa de autorização? Você conhece essa casa como a palma da sua mão.

Eduardo concordou com a cabeça, com o que a Dri havia acabado de falar. Resolvi subir e Nina me acompanhou.

Coloquei a mala em seu quarto e observei, que tirando algumas roupas espalhadas no chão, tudo estava como antes.

― Larissa é uma bagunceira! - disse ela pegando as roupas no chão e colocando sobre a cama.

Veio até mim e segurou minha mão, olhei para ela sorrindo e ela abriu um sorriso imenso.

― Lembra quando você me perseguia pra me fazer cócegas?

Dei um sorriso nasal e confirmei com a cabeça.

― Princesa, eu... tenho que ir.

Descemos as escadas e nem percebi que estávamos de mãos dadas. O fato só foi notado, quando um garoto loiro de olhos azuis, vestindo uma bermuda, sem camisa e ao lado da Larissa, adentrou a sala e veio até a Nina, a beijando na boca.

Ela parecia não querer o beijo, mas ele a segurou pela nuca e juntou os lábios dela aos seus. Soltei minha mão da dela, ela rapidamente se desvencilhou dos braços dele vindo para perto de mim outra vez.

― Você deve ser o tal Carlos? - ele me pergunta sério.

― E você o tal Johnny.

― Johnny, já te pedi pra não falar assim do tio Ca - disse Nina com uma voz irritada.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora