CAPÍTULO XLVI

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NINA

FIZEMOS O jantar juntos e depois ficamos conversando. Ele sentado, com as pernas em cima do sofá, eu entre suas pernas e ele me fazendo carinho.

― Eu vou subir, tio Ca.

― Já?

― Você não quer subir comigo? Eu te faço uma massagem, pra você relaxar... Você tá trabalhando muito e ainda teve esse problema com a galinha suruca! Viemos para cá pra isso.

Ele riu, pegou em minha mão e fomos pro quarto dele. Já havíamos tomado banho e ele me disse que ia colocar uma roupa mais confortável pra dormir.

Me sentei na cama dele e esperei. Ele voltou vestindo uma calça de moletom e uma regata bem rasgada.

― Não vai sentir frio, tio Ca? Aqui à noite esfria razoavelmente.

― Sou calorento. Agora... - ele sorriu e engatinhou na cama até perto de mim ― você vai mesmo me fazer uma massagem maravilhosa?

― Vou, manhoso! Adoro você assim.

― Então vem! Eu deito de bruços?

― Sim.

Ele deitou de bruços, me sentei ao lado dele e comecei a massageá-lo.

― Posso sentar sobre o seu... bumbum?

― Pode.

Sentei com uma perna de cada lado e fiz uma massagem bem tranquila e demorada nele, que às vezes soltava uns gemidinhos e eu sorria.

― Do que você tá rindo?

― Seus gemidos... se alguém chegasse aqui, iria pensar besteira.

― É que tá muito bom, princesa.

― Você poderia me fazer uma também.

― Se quiser, eu faço.

― Quero - me abaixei e dei uma mordida em sua nuca.

― NINA! Que mania de me morder.

Dei um beijinho no local e ele riu.

― Aqui... beija aqui, você mordeu aqui também - ele falou com uma voz manhosa, apontou no ombro e ficou sorrindo. E eu dei mais um beijinho.

Saí de cima de sua bunda e me deitei ao seu lado. Ele continuou deitado de bruços e ficou me observando.

― Você é tão bonita!

― Você é tão lindo!

Ele sorriu e passou a mão por meus cabelos.

― Não consigo mais lembrar como era minha vida antes de você.

― Eu acho que ganho. Pois eu não sei como é minha vida sem você.

― Oh, minha princesinha linda! Minha peruquinha, vem cá!

Como eu queria ter coragem de falar de uma vez " Eu to apaixonada por você". Tenho coragem pra tanta coisa, por que não tenho coragem pra isso? Talvez eu morra de medo dele me dizer que estou confundindo tudo e que isso nunca será possível. Ou dele se afastar de mim.

― Eu vou trocar de roupa e vou dormir. Boa noite, tio Ca!

― Boa noite, minha princesa!

Fui para o meu quarto e fechei a porta. Fui até minha mochila, peguei o baby doll e vesti. Escovei os dentes e deitei.

― Ai meu Deus, me dê coragem! Faz ele corresponder...

Apaguei a luz e me virei de lado para dormir.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora