CARLOS
NINA TINHA voltado a namorar aquele moleque suicida, o que para mim e para o pai dela, não foi nada agradável.
Passou-se um pouco mais de tempo, e em uma noite de segunda-feira, eu fui até a mansão, pois a Dri me ligou pedindo minha presença, na verdade me intimando.
— Boa noite! - disse a todos os presentes, que se resumiam a Dri, Eduardo, Bruno, Gui e Nina.
— Boa noite - quase todos me responderam, menos minha princesa, como também não pulou no meu colo. Aquilo era estranho.
— Sente-se, Carlos - pediu Dri.
— O que tá ocorrendo? - perguntei sentando-me numa poltrona de frente para o casal mor e ao lado de minha princesinha.
— Temos que saber se você vai levar alguém à festa de debutante da Nina.
— Eu não quero mais essa bosta de festa! - disse Nina, com voz irritada e cabeça baixa.
— Como não, Nina? Estamos organizando esse baile há meses - disse Dri.
— Mas eu desisti, não quero mais!
— Tem que haver algum motivo, amor - tentou Adriana, falando suave com a filha —, você queria tanto isso. Estávamos escolhendo tudo, até o vestido, já vimos e encomendamos.
— Desfaz! Eu não vou a esse baile idiota! - ela levantou-se e foi para o jardim.
— Deixa que eu falo com ela - disse.
Saí da casa e fui para o jardim, Nina estava sentada num balanço que havia em uma árvore na lateral do jardim, se balançando suave.
— Amor... - me aproximei e abaixei, sentando-me no gramado à sua frente — O que houve, princesa?
— Nada!
— Nina, eu sei quando algo não tá certo contigo. Fala pra mim, princesa, o que houve? Você queria tanto essa festa.
— Não quero mais! - segurei em seus tornozelos para que ela ficasse parada e para que olhasse pra mim. Ela levantou os olhos, cruzando seu olhar com o meu e lágrimas começaram a descer por seu rosto.
— Amor, é claro que houve algo. Se não quer falar, tudo bem. Vem aqui - estendi minha mão, pedindo a sua, ela segurou minha mão e eu a puxei para o meu colo.
Ela sentou-se no meu colo e começou a chorar.
— Oh, princesa... Não chora, assim você deixa meu coração pequenininho - comecei a limpar o seu rosto com os meus polegares — Me diz como eu posso te ajudar?
— Só me abraça, tio Ca.
— Abraço, meu amor - a abracei apertado. E após algum tempo, ela resolveu se abrir.
— Foi o Lucas!
— O que esse moleque suicida fez?
— Me traiu - aquilo me deu um nó na garganta, mas eu tentei ficar calmo. Era sua primeira desilusão amorosa.
— Você soube?
— Eu vi. Ele e a Michele, aos beijos.
— Quem é Michele?
— Isso importa, tio Ca?
— Não.
— É uma vagabunda amiga da irmã dele.
— Nina, olha a boca! E você viu onde?
— Hoje, ele disse que não ia ao colégio, na hora do lanche fui numa lanchonete fora do colégio e vi eles dois se beijando. Eu fui tirar satisfação com ele...
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Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2
RomanceTe apresento o Carlos! Um lindo jovem de vinte e dois anos. O qual foi apaixonado pela Adriana, a melhor amiga de sua irmã, desde os dez anos. Mesmo afastados por anos, ele continuou cultivando sua paixão pela Adriana. E na primeira oportunidade qu...