CAPITULO XIII

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ADRIANA

FIZ UM monte de entrevistas, até que contratei a Laís, uma jovem de vinte e quatro anos. Fiquei ainda acompanhando o Samuel até ele completar quatro meses. Laís era muito esforçada, se dedicava ao trabalho totalmente.

No início ela ia e voltava todos os dias, mas durante a entrevista eu avisei que quando eu voltasse a trabalhar, ela teria que dormir.

No fim desses quatro meses, ela passou a dormir na mansão, tudo estava muito bom, Nina fez doze anos, continuava namorando o tal Lucas, mesmo a contragosto do Eduardo e do padrinho. O Samuel fez um aninho e fizemos uma festa para comemorar, numa casa de festas.

Mas acabou que o namoradinho da Nina foi embora antes dos parabéns, pois Nina estava toda tristonha pelos cantos da festa.

— Querida, o que houve?

— Mãe, eu não gosto dessa tal Laís.

— E por quê?

— Não vê como ela ao invés de estar tomando conta do Sam, fica o tempo todo cercando o tio Ca?

— E isso tá te incomodando?

— Mãe, a senhora não percebe porque a senhora trabalha o tempo todo, mas ela já deu em cima até do Bruno!

— Como assim Nina?

Então, minha filha começou a narrar histórias, coisas que ela estava deduzindo. Comecei a observar a Laís, porém eu não podia me meter na vida dela, ela parecia realmente estar flertando com o Carlos e ele era um rapaz solteiro.

Acontece que após aquela festa, quase todo dia quando eu chegava do trabalho e ia ver meus filhos antes de ir dormir, Nina me falava algo contra a Laís.

Um mês depois, a Nina passou a ficar todos os fins de semana com o padrinho, ele ganhou o dia da madrinha, já que Jessica havia se mudado para Nova York para comandar uma filial que o Eduardo abriu lá. E assim, foi-se passando o tempo... Um dia, o Carlos passou na mansão no meio da semana, para perguntar se nós deixaríamos ele viajar com a Nina para o Beto Carreiro.

— Não sei, Carlos...

— Ah, mãe, deixa!

— Nina, você estava escutando atrás da porta?

— Mãe, eu sabia que se o tio Ca estava aqui durante a semana, era algo importante...

— E o seu namorado, como que fica? Você vai viajar sem ele?

— Ele fica!

— Vou conversar com o Eduardo e te dou uma resposta, tá bom? - falei avisando ao Carlos.

— Dona Adriana?

— Sim, Lais!

— Eu poderia ir pra casa hoje? Minha mãe ligou, dizendo que meu pai não está bem e ela quer levar ele ao hospital e se eu poderia ficar com meu irmão caçula até eles voltarem...

— Claro, Lais! Hoje já é quinta mesmo, vai. E me ligue avisando se precisar de algo.

— Tá, vou pegar um táxi que é mais rápido...

— Espere... Carlos, você não poderia dar uma carona a ela?

— Okay.

Ele levantou e ela o acompanhou até o carro, Nina foi junto e ele encheu ela de beijos e disse que voltava no outro dia para buscar ela para o fim de semana.

CARLOS

DRI ME pediu um favor, levar a babá do Samuel em casa, para que ela pudesse ajudar a mãe. Não mantinha muito contato com a babá do Samuel, só o básico e educado " Bom dia", "Boa noite", " Como vai?" Nada demais. Eu nem reparei em nada nela, não me interessava pegar ou ficar com a babá do Samuel, já que a regra sempre foi, não ficar com nenhuma mulher próxima da Nina ou do Gui. A Jéssica, não posso dizer que fiquei com ela, se vocês bem lembram, eu fui " atacado", então na minha cabeça aquilo não conta como flerte.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora