CAPÍTULO LXXXVIII

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CARLOS

COM TRÊS dias, fui buscar minhas princesas e minha rainha. Dri e minha mãe vieram revezar durante o puerpério da Nina. Eu ajudava no que podia e me deixavam. Mas havia uma coisa que eu fazia questão e brigava com a minha sogra e a minha mãe, para fazer... colocar as minhas meninas para dormir.

Eu cantava Carinhoso para elas e sentava na poltrona de amamentação com uma e depois a outra, ficava horas com minhas pequenas. Fazia cafuné nelas, mas elas não nasceram como a mamãe delas, não eram tão cabeludinhas, como a minha peruquinha.

Muitas vezes, eu acabava dormindo junto.

Quando o puerpério acabou, logo no dia seguinte, Nina à noite, depois que as meninas dormiram, veio me pedir sexo e eu disse que não. Ela dormiu emburrada comigo, mas eu não quis, pois ela não estava ainda tomando nada e não havia camisinhas em casa.

Assim, no outro dia, pedi à minha mãe para dormir na casa da Clarinha, fui para empresa e sai mais cedo, passei na farmácia e comprei camisinha, assim como passei em uma floricultura e comprei um lindo buquê e fui para casa. Entrei com todo o cuidado para que ela não me visse chegando, coloquei tudo no quarto de hóspedes na parte de baixo da casa e subi. Nina estava no quarto amamentando as meninas. Dei uma beijinho nas meninas e outro na minha peruquinha, percebendo que ela não estava para amizades.

Desci, peguei as camisinhas e coloquei na micro mesa ao lado da nossa cama. E como todos os dias, tomei um bom banho e fui colocar as meninas para dormir. Enquanto eu fazia isso, Nina tomava o banho dela, que passou a ser mais demorado. Depois que as meninas dormiram, fui até o nosso quarto, para ver se ela já havia terminado, vendo que não, fui para o quarto de hóspedes, peguei o buquê e voltei para o nosso quarto, Nina ainda estava no banho. Às vezes ela gostava de tomar banho de espuma, para relaxar e eu amava que ela fizesse isso, era um momento somente dela.

Tirei toda a minha roupa, puxei o edredom e tirei as flores dos talos e joguei na cama, coloquei os talos com os espinhos numa sacola dentro do armário e cobri a cama novamente com o edredom e me cobri deixando só minha cabeça para fora. Coloquei o ar condicionado numa temperatura bem fria e deixei somente as luzes dos abajures acesas. Ela voltou para o quarto passando hidratante nas mãos.

— Carlos!

— Humm...

— Tá tão cansado que não quer nem conversar comigo?

— Vamos dormir, Nina...

Vi ela fazer um bico lindo, sentou-se na cama e colocou-se debaixo do edredom. Foi quando ela sentiu algo e passou a mão pegando e trazendo para perto dos olhos e viu que era uma rosa.

— Mas o que... - ela tirou o edredom de cima de nós e olhou para a cama, cheia de rosas, só então olhou para mim, que sorria e estava com uma rosa inteira entre os dentes, sorrindo para ela. Ela sorriu e eu virei para ela, já estava ereto, pois era assim que ficava sempre que imaginava nós dois conectados como um. Pisquei para ela e lhe ofertei a rosa que estava em minha boca.

— Não quero conversar, nem dormir... quero minha esposa nos meus braços e fazer amor com ela a noite toda ou ao menos até a próxima mamada das meninas - puxei ela pra mim —, vem gostosa... tô com uma saudade de você e da minha Julietinha.

Ela abriu aquele sorriso safado que eu amava e nossa noite só foi interrompida às 2:00 quando as meninas acordaram para a mamada.

Levantamos pelados, Nina sentou-se na cadeira de amamentação e dava de mamar para uma, enquanto eu segurava a outra até ela poder mamar. Era a cena mais linda do mundo ver ela dando mamar para nossas pequenas. Trocamos... Nina foi dar de mamar para que estava no meu colo e eu fui colocar a outra para arrotar e dormir.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora