CAPÍTULO LXXVII

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NINA

— AMOR, TEMOS que ir a uma farmácia assim que amanhecer - ele me disse, ainda ofegante e dentro de mim.

— Por que?

— Nina, acabamos de fazer amor e me derramei dentro de você. Que eu saiba, você não usa anticoncepcional. Não que eu não queira ser pai, mas creio que você não queira ser mãe agora.

Respirei fundo, era tudo que eu menos queria pensar naquele momento. Ele continuava me acarinhando e eu a ele.

— Amor, não pense que eu não estava preparado. Só que pensei, que com minha ansiedade, sua pureza, a camisinha poderia atrapalhar de alguma forma. Eu errei e na nossa primeira noite...

— Meu esposo... - ele deu um sorriso infantil pra mim, que me fez sorrir também — a culpa não foi só sua. Eu posso ser inexperiente, mas não sou burra. Todos já estudamos biologia. Então fique calmo, amanhã compramos uma pílula do dia seguinte e eu tomo.

— Está bem - ele me deu um beijo e começou a se retirar devagar de dentro de mim —, fique assim e não se mexa, eu já volto.

Ele levantou, foi até a mala dele, apanhou sua necessaire e foi ao banheiro, levou uns minutos e voltou com uma toalha de mão e lenços umedecidos. Começou a me limpar com os lenços e depois me secou com a toalha. Eu comecei a rir.

— Do que está rindo? - ele parecia bem concentrado no que fazia.

— Vai me dizer que você também tem uma fralda pra colocar em mim? - ele me olhou surpreso e começou a gargalhar.

— Só estou tentando te deixar limpa e ajudar a relaxar os músculos da minha Julieta.

Ele voltou ao banheiro e foi descartar o que havia usado. Logo em seguida, voltou para a cama, deitou-se e nos cobriu, puxou-me para o seu peito e beijou minha boca de forma carinhosa.

— Sei que é clichê e meio infantil, mas ... como se sente? Como foi pra você? Te machuquei?

— Antes me responda... foi bom pra você?

— Entendo totalmente, porque dizem que fazer amor é muito melhor que transar. Mas pra mim... eu só tenho a dizer que a minha escolha ou do meu coração, foi a melhor da minha vida. Você é o que de melhor aconteceu na minha vida, princesa. Eu amei ser o seu homem, seu primeiro e seu professor... mesmo que as aulas ainda não tenham sido encerradas - ele piscou pra mim — E sim, foi maravilhoso pra mim, mas o que me importa é saber de você.

— Que bom que você gostou, pois você irá guardar isso em sua memória por muito tempo.

— É claro, você não?

— Isso não vai se repetir nunca mais... doeu e eu não gostei - ele me olhou assustado — só vamos repetir isso na nossa nova lua de mel daqui há três meses, pois como sua mulher, eu tenho que cumprir com a minha parte.

— Eu te machuquei, amor? Ah, meu Deus... - ele me olhou nos olhos — Ah, sua pilantra! Nina, não faça isso! Eu pensei que tinha te machucado, sua... pilantrinha!

Comecei a gargalhar.

— Quando podemos fazer outra vez?

— Ahn... acho melhor deixar a Julieta se recuperar, penso que em três dias...

— TRÊS DIAS?

Ele começou a gargalhar.

— Fala sério, Carlos!

— Amor, eu acho que só ...

— Amor... ainda temos muitas posições que eu quero experimentar. E eu pensava que iria doer, sangrar muito, mas não.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora