NINA
O TEMPO foi passando, tio Ca voltou a estudar, colocou bastante matérias em sua grade, pois assim terminaria a faculdade em menos tempo.
Eu passei a frequentar a academia, às sextas-feiras eu ia para academia levada por minha mãe, de lá ou ia de táxi, ou a mãe da Larissa ou do João me davam carona até a casa do tio Ca.
Um dia, eu estava numa lanchonete próxima da academia e vi o tio Ca com uma mulher no carro, era uma quarta-feira. Passado isso, eu perguntei a ele, e ele me disse que era uma colega de faculdade e que estavam fazendo pesquisa para um trabalho.
Uma outra vez, eu estava na dita lanchonete, lanchando com o João e a namorada dele, Flávia, e do nada me aparece um tal Gustavo, lindo, moreno com uns dezenove anos, corpo todo definido. Ele entrou na lanchonete vestindo uma bermuda de moletom e uma camiseta recortada, deixando todos os seus músculos à mostra. João foi ao banheiro e o tal Gustavo passou pela mesa em que eu estava e piscou pra mim, saindo da lanchonete logo em seguida.
― Nina, esse garoto, metade da academia quer dar uns pegas nele. Que o João não me escute, mas ele é lindo e muito gostoso!
― Como você sabe que ele é gostoso?
― Olha para ele... precisa nem provar pra saber.
Nisso, eu e o Gustavo começamos uma paquera, eram troca de olhares e sorrisos. Às vezes ele piscava, mas não chegava em mim e depois de ser traída, eu não dava mole pra nenhum cara. Essa paquera nossa levou um ano, até ele decidir me convidar para comer uma pizza.
― Tio Ca, na sexta eu vou chegar mais tarde na sua casa - comentei com ele pelo telefone.
― Por que?
― Tenho um encontro - ele não falou nada, ficou quieto ― Você ouviu, tio Ca?
― Ouvi.
― Tudo bem?
― Sim.
E fui ao meu encontro com o Gustavo. Claro que não fui sozinha, levei o João, meu melhor amigo e a namorada dele.
Quando chegamos, o Gustavo já estava lá na pizzaria. Lindo demais.
― Boa noite! - ele veio até mim, pegou em minha mão e beijou ― Sentem-se por gentileza.
Nos sentamos e foi uma noite muito agradável. Quando terminamos, ele me ofereceu carona para me levar até a casa do tio Ca.
― Não precisa, eu vou de táxi!
― Eu estou de carro, não me custa nada e minha casa é para aquele lado.
― Nina, se você não quiser ir com ele, eu posso chamar o Carlos para te buscar. Eu não te levo, pois vou levar a Flávia em casa.
― Tudo bem, João. Olha Gustavo, se você tentar qualquer coisa, eu te arrebento na porrada. Faço boxe há anos.
― Não tentarei - ele sorriu com todos aqueles dentes brancos, perfeitos.
Entramos no carro e ele me levou para a casa do tio Ca. Quando chegamos na frente do prédio, ele parou o carro e ficou me olhando.
― Obrigado por confiar em mim e não só pela carona, mas pela pizza também.
― Continue gentil e quem sabe não comemos um hot dog qualquer dia?
― Eu preferia... um jantar. Comer bobagens só nos fará frequentar mais e mais aquela academia.
― Quem sabe... agora eu preciso ir. Obrigada pela pizza e pela carona.
― Boa noite, linda donzela.
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Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2
RomanceTe apresento o Carlos! Um lindo jovem de vinte e dois anos. O qual foi apaixonado pela Adriana, a melhor amiga de sua irmã, desde os dez anos. Mesmo afastados por anos, ele continuou cultivando sua paixão pela Adriana. E na primeira oportunidade qu...