CAPITULO XI

633 59 42
                                    


CARLOS

QUANDO EU vi o rostinho de minha princesa marcado, por conta do tapa que o infeliz do Flávio deu nela, fique possesso. Mas eu não tinha como encontrar aquele idiota e mostrar a ele como se bate em alguém, a prioridade era ficar com minha princesinha.

Levei o Gui pra casa e acabei contando para o Bruno e a Clarinha o que tinha acontecido, não sei o real motivo do Flávio e a Dri discutirem e ele acabar agredindo elas, se bem que em se tratando daquele imbecil, qualquer coisa se poderia esperar.

— E você viu a Dri?

— Não, o Eduardo entrou e eu fique lá fora com as crianças.

— Okay. Então você veio trazer as crianças para deixar aqui? - perguntou meu cunhado.

— Só o Gui. A Nina, eu vou pra mansão ficar com ela lá e arrumar uma bolsa para levar ao hospital amanhã para o Eduardo. Clarinha, você poderia me ajudar a escolher algo para a Dri pra quando ela tiver alta?

— Tá, deixa eu pegar a chave extra da casa.

Fomos para lá e ela me ajudou a organizar uma bolsa com coisas para o casal Mor, e logo em seguida ela voltou para casa.

O Bruno comprou uma casa dentro do mesmo condomínio da mansão do pai, mudou de ideia quando o Samuel morreu, assim ficaria perto o suficiente do pai e para o pai dele ficar perto do neto, já que o Eduardo esperava ser avô logo... assim como aguardava que fosse avô de muitos netos.

— Princesa, você comeu algo? Tá com fome?

— Não, eu já tinha jantado com a mamãe e o Gui.

— O que vocês estavam fazendo lá perto de casa?

— Eu pedi pra minha mãe pra gente tomar sorvete e estávamos indo naquele parque que tá montado perto do seu apartamento.

— Ah! Certo então. Bom, já que você já comeu, melhor ir dormir, né? Você tem aula amanhã mocinha!

— Eu não queria ir para a aula Tio Ca.

— Por que não? Você sempre gostou de estudar...

— Tem um garoto lá que...

— Tá te incomodando?

— Ele fica me colocando apelidos e eu já tô cheia dos nomes pelos quais ele me chama.

— Eu vou te levar no colégio amanhã, depois vou ao hospital levar as coisas dos seus pais e de lá, vou para o meu trabalho.

— Tá bom.

— Agora, tome água, suba e faça xixi, escove os dentes e ponha o seu pijama.

— Você vai me contar uma historinha?

— Você não me disse que já é uma mocinha? Ainda gosta de historinhas, Nina? - sorri meio que desafiando ela.

— Na verdade, eu não quero a historinha, mas é que, quando você conta historinha, você faz cafuné!

— Ah, malandrinha, então você quer o cafuné, não a história?

— Isso!

— Então peça o cafuné mocinha! - fui subindo a escada com ela.

— Tio Ca...

— Eu.

— Você faz cafuné pra eu dormir?

— Faço, minha princesa! Claro que faço.

— Eu esqueci de tomar a água.

— Vai fazer seu xixi e vista seu pijama, que eu vou buscar sua água.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora