CAPÍTULO XXXII

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Meus amores, eu decidi, que pra incentivar vocês, eu trago um dos melhores capítulos do livro. Como um presentinho. E pra que chegue, quem sabe, perto de 1K, e assim, eu faça uma maratona na semana do natal.

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NINA

PASSOU UM tempo e chegou o aniversário do Tio Ca. Como todos os anos, ele nunca queria uma festa. Mamãe fez uma torta pra ele, eu fiz um almoço completo, com direito a carne assada, que passou a ser a comida que ele mais gostava que eu fizesse e o levamos para a casa da Clara para comemorar e almoçar lá.

― Tio Ca, você pode pedir o que quiser de aniversário.

― Qualquer coisa?

― Fala pervertido - disse a Clara.

― Quero coisas simples.

― O que?

― Brigadeiro da Dri, massagem da Nina, que a psicopata não me xingue por um mês e um fim de semana com meu sobrinho, sem que ele pegue no celular...

― Olha, não são coisas difíceis, mas essa do Gui, acho complicado - brincou o meu pai.

― Ah seu idiota! Com tanta coisa para pedir, por que pedir isso? - disse Clara.

― Já começou os xingamentos... - disse ele.

― Posso te xingar até as 23:59 de hoje. A partir de amanhã eu paro por um mês.

― Essa eu quero ver - disse Bruno.

Ele recebeu uma chamada da tal Samantha parabenizando ele. Fiquei com raiva, mas não queria brigar com ele no aniversário dele.

Minha mãe foi fazer brigadeiro pra ele e eu fui ajeitar tudo para dar uma massagem nele.

Estava no meu quarto lembrando das palavras do João... "Ache um jeito de contar ao Carlos", quando minha mãe entrou e fechou a porta.

― Nina podemos conversar?

― Sobre?

― Amor.

― Mãe, eu disse que o Gustavo quer transar comigo, mas eu não me sinto pronta...

― Não quero falar do Gustavo.

― E quer falar de quem? Do papai?

― Do Carlos!

― Ah mãe, vai começar...?

― Nina, você nem disfarça o seu ciúmes pelo Carlos.

― Mãe, eu sou assim desde pequena. Não gosto dessas vacas dando em cima do tio Ca. Não é ciúmes, é cuidado!

― Tá, mas comece a disfarçar melhor, pois o que passa para todos é que você está com ciúmes, sim.

Tinha que conversar com minha mãe, já que ela não sairia assim tão facilmente do quarto, e aproveitei que estava preparando as coisas para falar com ela de costas, já que eu mentia muito mal e quem me conhecia sabia bem.

― Mãe, o tio Ca é importante pra mim, não quero ele sofrendo por uma safada qualquer... pode ser ciúmes, mas é ciúmes de afilhada... eu ainda vou morar com ele.

― Você e suas ideias doidas.

― Eu vou morar com ele... só, tô esperando a hora certa!

E assim que ela saiu do quarto, me deu uma sensação de alívio e ao mesmo tempo, medo dela perceber o que eu sentia verdadeiramente.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora