CAPÍTULO XXXVII

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NINA

NAQUELA SEXTA, o tio Ca chegou em casa só o pó. Fui até ele, tirei sua mochila de suas costas e pedi para ele se sentar.

― Tio Ca, tá na sua cara que você tá muito exausto. Você precisa descansar ou vai ficar doente.

― Só preciso de um bom banho e comer algo.

― Fiz o nosso jantar.

Ele levantou, veio até mim e me abraçou, beijando minha testa.

― Princesa, não quero que você fique se cansando fazendo comida pra mim.

― Primeiro, não é só pra você, é pra mim também. Segundo, não me custa nada fazer um jantar e terceiro, gosto de agradar o meu príncipe lindo - falei e dei um beijinho em seu rosto ― Agora vai tomar uma boa ducha e eu te aguardo para comermos.

Ele tomou banho e voltou para jantar.

Após o jantar, eu na minha cara de pau, pedi cafuné e ele me pediu para eu ir deitar na minha cama, ele sentou na beira da cama e eu me deitei. Após um tempo, despertei com ele deitado junto comigo, estava tão cansado, coitado, que nem percebeu quando dormiu.

No outro dia, levantei bem cedo, saí da cama bem devagar para não acordar ele, fiz minhas higienes e fui para a cozinha, fechei a porta do quarto para ele não ouvir o barulho e dei uma faxinada rápida, no quarto e banheiro dele, assim como na sala e na cozinha. Quando terminei, fui ao supermercado com o carro dele, comprei umas coisas que faltavam, como coisas que eu precisaria para fazer o almoço e talvez o jantar e claro, coisas para um ótimo café da manhã para quando ele acordasse. Voltei pra casa e fui ver como ele tava, dormia abraçado com o Sebastian, o meu coelho de pelúcia.

Voltei pra cozinha, preparei um ótimo café pra ele e comecei o almoço. Pouco depois, ele acordou e apareceu na cozinha. Veio até mim, me abraçou por trás e beijou meus cabelos.

― Bom dia, princesa! Dormiu bem?

― Ótimo, príncipe lindo! - me virei e dei um bom beijo estalado em sua bochecha.

― O que está fazendo?

― Adiantando o almoço. Vá fazer suas higienes e volte para tomar o seu café.

― Meu Deus, como você tá mandona! - ele me deu aquele sorriso que me deixava totalmente encantada, e seguiu para o seu quarto, voltando alguns minutos depois ― Nina, você limpou o meu quarto e o meu banheiro?

― Sim! - respondi de costas pra ele.

― Por que você fez isso?

― Porque eu quis, ué.

― Nina, eu tenho uma diarista que vem toda segunda ou terça. Se bem que tenho esquecido de ligar...

― Não me caiu às mãos - me virei pra ele e lhe entreguei o seu iogurte em uma bandeja. Nela havia também, frutas e torradas com bacon e ovos.

― O que deu em você hoje? Olha esse banquete de café da manhã!

― Tio Ca, não reclame, come! Você sempre cuida de mim, não custa eu fazer isso. Até porque, se você continuar assim, vai acabar doente.

Parei de fazer o que estava fazendo e fui para a área de serviço. Apanhei o aspirador, balde com esfregão e água e fui para o meu quarto, voltei e apanhei os produtos de limpeza, troquei de roupa e fui limpar o meu quarto.

― Vai faxinar o seu quarto? - ele me pergunta quase incrédulo.

― Vou. Não fiz antes, pois não queria te acordar - minha mãe sempre me dizia pra fazer isso em casa. Ela não foi criada com grana e dizia que isso melhorava o caráter do ser humano e meu pai super apoiava. Acho que tenho os melhores pais do mundo, eles me ensinam os valores morais e materiais das coisas. Algumas vezes, também ajudava o tio Ca a lavar louça, coisas simples assim.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora