NINA
NA SEGUNDA após sair da faculdade, mamãe e eu fomos buscar o Sam. E chegando em casa, eu resolvi perguntar a minha mãe se poderíamos conversar a sós, só nós duas.
Eu subi para tomar um banho e me ajeitar para o almoço e pouco depois que almoçamos, ela veio até o meu quarto e sentamos para conversar.
― Mãe, eu queria ficar sozinha com o tio Ca, decidi que quero conquistar ele. Talvez, contar a ele que eu estou apaixonada por ele, mas eu tenho vergonha e medo dele me rejeitar.
― Olha, se o Carlos não te amar como você quer, não creio que ele vá falar ou fazer algo que te magoe.
― Será que vou ter coragem?
― E como você pretende fazer isso?
― Quero ir pra casa de praia com ele.
― Humm, aquela casa sempre funcionou bem pra mim e para o seu pai.
― Eu quero achar um jeito de fazer ele me notar e depois, conversando com jeitinho, eu digo que estou gostando dele, mas do que uma simples menininha.
― Lembre-se que o Carlos é delicado, não gosta de coisas brutas. Seja gentil como sempre foi.
― A senhora me ajuda a pedir permissão ao papai?
― E o que você vai usar como desculpa?
― Eu não sei, vou ver na hora.
― E eu vou precisar achar um meio do seu pai aceitar isso. Vai ser bem difícil...
E assim foi, eu conversei com o meu pai, ele me encheu de perguntas e eu achei uma ótima desculpa.
― Pai, o tio Ca precisa relaxar depois de tudo isso que ele passou e também eu... tenho um presente pra dar a ele. Mas é segredo.
― Tá certo.
Liguei para o tio Ca avisando que os meus pais deixaram. E assim, durante a semana, Flávia, a noiva do João, me acompanhou ao shopping para eu escolher um belo biquíni, já que normalmente eu só usava maiô, tava na hora de mostrar meus dotes.
Acabei usando o cartão que o meu pai me deu e que eu não gastava com nada, então tinha todo o limite disponível. Comprei uma saída de praia, dois vestidos e um shortinho.
Na sexta, saímos da casa dele às 18:00, mesmo com o meu pai com o pé atrás por viajarmos a noite. Mas como a casa de praia não era tão longe, às 20:00 já estávamos lá.
― Princesa, eu tô morrendo de fome, vamos em algum lugar comer alguma coisa?
― Claro.
Ele estacionou, descemos do carro e fomos para um restaurante de frutos do mar. O jantar foi maravilhoso. Enquanto ele estava no banheiro, eu liguei para o meu pai, pra avisar que já havíamos chegado.
Pouco depois, pedimos uma sobremesa e como sempre, ele não me deixou, nem pagar a conta, nem dividir.
Fomos para a casa, usei a chave para abrir a porta enquanto ele tirava as mochilas do carro. Entramos e subimos, indo em direção aos quartos.
― Eu fico nesse quarto e você pode ficar nesse aqui de frente, tio Ca.
― Tá bom, senhora mandona!
Depois de darmos uma ajeitada em algumas coisas, como tirar os lençóis que cobriam alguns móveis, nos sentamos no sofá e ficamos vendo um filme. Ele levantou, veio até mim e sentou ao meu lado.
― Que foi? - perguntei a ele que me olhava sorrindo.
― Vem aqui princesa.
― Não vai me fazer cócegas, não é?
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Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2
RomanceTe apresento o Carlos! Um lindo jovem de vinte e dois anos. O qual foi apaixonado pela Adriana, a melhor amiga de sua irmã, desde os dez anos. Mesmo afastados por anos, ele continuou cultivando sua paixão pela Adriana. E na primeira oportunidade qu...