CARLOS
FORAM HORAS que fiquei ali, sem ao menos me mexer ou fechar os olhos, tinha medo de dormir e acordar sem ela. Fiquei ali dando carinho e saciando minhas mãos, da falta que seus cabelos e sua pele me faziam.
Ela dormiu por quatro horas, minha mãe veio ao quarto nos chamar para comer, mas eu fiz sinal para que ela não fizesse barulho e acordasse minha pequenininha. Ela sorriu e foi comer sozinha.
Quando minha princesa acordou, eu estava lá com ela agarradinha em mim. Ela abriu o sorriso mais lindo do mundo pra mim, quando me viu.
— Oi, tio Ca!
— Oi, meu amor! Dormiu bem, princesa?
— Maravilhosamente bem.
Como aquela frase me fazia falta.
— Que horas são? - ela perguntou se espreguiçando e toda manhosa.
— São 22:16.
— Ai, meu Deus! Eu dormi muito, por que não me acordou tio Ca?
— Porque você estava cansada e com sono. Tava dormindo tão bonitinho, minha peruquinha com pernas... não quis te chamar.
— Você já jantou?
— Não.
— Tio Ca... poxa, você tá com fome até agora?
— Agora, você levanta e vem jantar comigo.
Foi o que ela fez. E não desgrudei dela um segundo sequer.
Após o jantar, ficamos sentados na casa da árvore, olhando alguns provérbios colados no teto. E depois, ela olhou o celular e viu que era quase meia-noite.
— Tio Ca, tá tarde, você não tem sono?
— Não.
— Você está mentindo...
— Tá bom, eu tenho sono, mas não quero dormir. Quero ficar aqui com você o máximo de tempo que eu conseguir.
Ela engatinhou até a saída da casinha e virou-se pra mim...
— Vem, vamos descer. Você tem que dormir.
— Mas eu não quero...
— Você tá parecendo um garotinho birrento, brigando com o sono - ela riu.
Descemos e fomos pro meu quarto.
— Eu tenho que tomar banho.
— Vai! Eu vou pro quarto da Clara.
Assim, fui tomar uma ducha, mas não demorei como de costume, não queria perder tempo. Quando terminei, saí do banheiro enrolado na toalha e ela estava deitada em minha cama, de olhos fechados, com fones no ouvido, cantarolava baixinho e eu fiquei observando a cena, até que ela me notou de pé e sorriu. Sorri de volta e me lembrei de pegar algo para vestir.
Nesse tempo em que eu estou morando aqui, fui flagrado umas duas ou três vezes, dormindo pelado, então o melhor era não arriscar. Peguei uma bermuda de moletom e uma camiseta, vesti e voltei para o quarto.
— Oi - disse baixinho parando a sua frente.
— Oi... foi rápido hoje - ela retirou o fone e me sorriu.
— Achei que você ia estar no quarto da Clara.
— Vim trazer o Sebastian.
— Você vai levar ele?
— Deita aqui, tio Ca. Eu vou colocar você pra dormir.
— Ah é?
— Sim.
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Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2
RomansaTe apresento o Carlos! Um lindo jovem de vinte e dois anos. O qual foi apaixonado pela Adriana, a melhor amiga de sua irmã, desde os dez anos. Mesmo afastados por anos, ele continuou cultivando sua paixão pela Adriana. E na primeira oportunidade qu...