CAPITULO XV

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CARLOS

CHEGOU A sexta-feira, eu fui para o trabalho e o dia foi o mais desanimado do mundo. Eu não poderia ver minha princesa naquele fim de semana. Achei que a Dri pegou muito pesado naquele castigo, ficar sem o namoradinho, okay, mas ficar sem me ver, foi demais. Eu liguei para ela umas duas vezes na semana e ela parecia bem irritada com a mãe, me disse que a tal "babá do cão" estava perturbando ela, falando que ela e eu não nos veríamos nunca mais. Eu já estava a ponto de ir tirar satisfações com a tal babá do inferno!

Cheguei em casa, fiz algo para comer e jantei. Fiquei olhando o quartinho dela e me deu muita raiva.

Quando era em torno das 22:30, meu cunhado me ligou...

Oi, Carlos. Tudo bem?

— Claro que não!

Faz o seguinte, ligue agora para a Nina. Eu estive lá e ela tá no quartinho dela trancada aos prantos por não estar com você. Tenta acalmar ela.

— Vou ligar agora.

A propósito, vem aqui em casa amanhã e passa o dia com o Gui.

— Pode deixar.

Venha de táxi.

— O que você tá aprontando, Bruno?

Vou trazer a Nina aqui para vocês passarem o dia juntos. Mas ninguém no condomínio pode ver você chegando ou podem avisar a Dri. Então é meio que escondido...

— Saquei. Amanhã às 10h eu tô aí.

Boa noite!

Assim que ele desligou, eu fui para o meu quarto, deitei na cama e liguei pra minha princesa, que atendeu soluçando.

Tio Ca!

— Oi, amor.

Eu queria tá com você, tio Ca!

— Nina, você tá chorando, princesa? - ouvi ela soluçar — Pega o seu tablet, vou fazer uma videochamada.

Tá bom. Dois minutinhos...

Peguei meu notebook e deixei já pronto.

— Posso chamar, princesa?

Pode!

Fiz a chamada e ela atendeu deitada, com os olhinhos vermelhos e o rosto ainda molhado.

— Oi, amor, não chora! Vão ser só dois finais de semana. Vão passar rápido e logo logo a gente vai tá junto - falei de maneira a tentar convencer não só a ela como a mim mesmo.

— Tô com muita raiva da mamãe.

— Não fique.

— Ela prefere defender aquela naja do que acreditar em mim.

— Amor, uma hora a verdade aparece.

— Só espero que não custe o casamento do Bruno ou que essa vaca não tente agarrar o meu pai, se isso acontecer, tio Ca... Não vamos nos ver nunca mais, pois eu vou matar essa galinha! E minha mãe vai me colocar de castigo pro resto da vida!

Eu comecei a rir. A Nina era sempre muito amorosa e ver ela com tanta raiva foi algo novo pra mim.

— Amor, amanhã o Bruno vai te procurar, você faz exatamente o que ele pedir, tá bom?

— Tá... Tio Ca...

— Nina... nada de tablet! - Dri apareceu e tomou o tablet da Nina — Você tá de castigo! E se usar o celular para ligar pro Carlos, eu tomo ele também.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora