CAPÍTULO LXVII

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CARLOS

— PORQUE É sua primeira vez e eu quero que seja especial. Muito especial!

— Será, pois será com você. O homem que amo e que escolhi pra mim.

— Meu amor, não quero que a sua primeira vez passe perto do que foi a minha. E sei como é importante para uma mulher.

— Mas eu desejo tanto você... Quero tanto ser sua.

— Se você diz que já é minha, eu acredito e sei que é verdade.

Nossa conversa foi interrompida com o seu celular tocando. Ela olhou a tela e viu que era a Dri. Era uma chamada de vídeo e eu me afastei um pouco, não saí da cama, pois ela me segurou pelo braço. Ela atendeu e virou o celular de modo que eu não ficasse no campo de visão da Adriana, já que ninguém, tirando o Gabriel, sabia que eu estava em Nova Iorque.

— Oi, mãe!

— Oi, meu amor. Liguei pra você ontem, mas você não atendeu, fiquei preocupada, era seu aniversário e você não atendeu minha chamada.

— Eu dormi.

— Tanto assim? Deve ter ido pra noitada com a Larissa e o embus... seu namorado.

— Ahn... não.

— A propósito, por falar no seu aniversário... o Carlos esse ano não trouxe o seu presente, o que é muito estranho.

— Mãe...

— Ele trouxe dona Carmem pra passar o natal conosco, ela disse que ele viajou pra uma reunião, mas não voltou ainda. Estranho, pois ela disse que ele já tinha o seu presente. E pelo jeito não trará no natal. Clara me disse a pouco que ele ligou dizendo que vai passar o natal sozinho. Acaso vocês brigaram outra vez?

Dei um sorriso abafado.

— Não, não brigamos.

— Você tá muito tranquila. Vai me dizer que... o embu... o seu namorado tá aí do lado?

— Não, mãe... quer dizer...

— Ai meu Deus, será mais um motivo pra vocês brigarem... ele ouviu?

— Mãe, deixa eu falar...

— Diga. Você tá estranha.

— Eu e o Johnny não somos mais namorados.

— Ahh filha, que pena!

— Mãe, a senhora não sabe mentir... tá na sua cara que você tá feliz!

— Filha... Tá, eu tô feliz, aquele traste não prestava. Mas o que fez vocês terminarem?

— A senhora lembra que eu tinha um último trabalho pra entregar de conclusão do curso e que iria dormir na casa da tia Jéssica?

— Lembro.

— Eu mudei de ideia e vim pra casa... peguei o Johnny e a Larissa na cama.

— Diz pra mim que eles estavam jogando peteca.

Abafei a gargalhada.

— Não, mãe... estavam trepando!

— Filho de uma puta! Ou melhor, filhos de putas! O que você fez?

— Chutei as bolas dele e soquei a cara da Larissa. Coloquei os dois pra fora daqui.

— Ah, meu amor, você quer que eu vá praí ou melhor, por que você não vem pra cá? Acho que agora o tal embuste vai cair no conceito do seu pai. Você está bem? Porque imaginei que você ficaria péssima... fora que sempre que você acabava um namoro, você corria para o colo do Carlos.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora