CAPÍTULO LXXIV

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Na mídia Bruno
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CARLOS

— GRAÇAS A Deus! Odeio hospital! - eu disse.

— Carlos, você vai lá pra casa - comunicou a retardada.

— Por que?

— Porque o seu apartamento está fechado para a perícia ser feita - disse Eduardo.

— Por falar nisso, como está o acéfalo? - perguntei.

— Então, o delegado entrou em contato comigo, já que serei advogado seu e de minha filha, ele disse que ele está bem mal, talvez não passe de hoje.

— Ai meu Deus! Esse... garoto não pode morrer! - todos me olharam com cara espantada — Gente, eu, de certa forma... eu que... cravei aquela faca nele, se ele morrer, eu vou me sentir um assassino!

— Carlos, que bobagem. Todos sabemos que você não tem culpa disso.

— Eu sei... mas me sinto... olha, se ele morrer, eu vou ficar péssimo! Não vou conseguir viver com uma morte na consciência.

— Amor, você não tem culpa. Quando eu tive a oportunidade de atirar nele, pensando que a arma era de verdade, eu mirei no peito, sem pena!

— Nina... é coisa minha. Eu não quero que esse garoto morra! Quero que ele pague... Ele tem um irmão, tem um pai, uma mãe... ele é jovem, imagine como fica a família dele.

— Por falar em família, a Jéssica me ligou e disse que o banco ligou pra ela falando da transferência que ele fez. Expliquei pra ela e o banco cancelou. O que ele queria com tudo isso? Ele arquitetou isso sozinho?

— Duvido - eu disse —, ele não é inteligente assim pra arquitetar isso.

— Ele me disse que o plano sempre foi tirar dinheiro do senhor. Que o dinheiro não era pra ele - disse minha princesa.

— Então tem mais alguém por trás e pelo jeito, alguém que me conhece.

— Mas quem? - perguntou Dri.

— Ele disse que estava disposto a esquecer o plano, se eu ficasse com ele. Disse que deu sorte de eu ir pra Nova Iorque. Ele é tão burro, por que me levar para o apartamento do Carlos?

— Então essa pessoa deve ser daqui. E deve ter ajudado ele, dando informações de nossa vida. Quem vai saber?

— Seria a... Larissa? - perguntou Dri.

— Olha, eu nunca fui com a cara da Larissa, mas não acredito que tenha sido ela.

— Pensem comigo, Larissa foi amiga da Nina por anos, conhecia bem a família e sabia que o Eduardo tem bastante dinheiro. Ela aceitou o Johnny com a Nina e foi ela quem levou ele pra dentro da casa da Nina e apresentou os dois.

— Faz sentido, mãe. Fora que ela tava precisando de grana. Mas se fosse assim, ela poderia me pedir... sabe que eu ajudaria ela.

— Gente, não acho que tenha sido ela. Vi quando ela esteve no apartamento da Nina com ele. Ela realmente se apaixonou por ele...

— E apaixonada, aceitou tudo e arquitetou com ele.

— Não amor, ela tava realmente sentida... Olha, eu posso estar errado, mas não creio que seja ela.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora