CAPÍTULO LXVIII

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NINA

TIVE PENA da Larissa, mesmo ela não merecendo. O Carlos me deu apoio e ficou o resto do dia comigo, praticamente no colo.

Eu só queria esquecer que aqueles dois haviam passado por minha vida.

— Acha que a Larissa está na casa dele?

— A mãe dela mora aqui em Nova Iorque, mas bem distante daqui. Ou ela vai morar com ele ou vai dividir um quarto com alguém na faculdade.

— Princesa, eu te conheço, você ficou com pena dela, não foi?

— No fundo, eu achei que ela tava mesmo falando a verdade. E você nunca gostou dela. Parece que você tem um sexto sentido pra pessoas ruins.

— A família dele vai aceitar ela?

— A mãe, você quer dizer. O pai dele nunca vi, nem por foto. Mora no Brasil com o irmão do Johnny. Ele ficava mais aqui que em casa e eu estive na casa dele poucas vezes, depois do acidente, vi o irmão dele por foto e muito rápido uma vez.

— Vamos esquecer ele. Agora cadê o meu beijinho?

Me agarrei a ele.

Na noite anterior, acabamos nos desentendendo, na verdade eu... pois ele não quer fazer sexo comigo. Enfiou na cabeça que quer esperar.

Começamos com beijos e carícias, eu percebi que ele se excita quando o mordo e o modo como eu toco nele. Às vezes sinto ele ficar de pau duro, quando nos beijamos. A coisa toda começa a esquentar e ele tenta parar, mas eu digo que quero fazer uma massagem nele e ele aceita ficando de bruços e nisso eu aproveito. Tiro seu cabelo de lado para ter acesso ao seu pescoço. O beijo, mordo e lambo, ele reclama, mas de forma manhosa e com voz rouca de excitação.

— Nina... por favor... não faz isso... - sua voz sai extremamente excitada e isso me molha toda.

— Quero poder tocar você, te chupar bemmmm gostoso.

— Nina... já disse, vamos esperar. Você prometeu...

— Quanto tempo eu vou ter que esperar?

— Até o nosso casamento.

Saí de cima de sua bunda e sentei na cama encostada na cabeceira.

— Você tá brincando, né?

— Não - ele deitou com a cabeça em meu colo e enroscou os dedos de uma mão em uma mecha do meu cabelo que caía em sua direção.

— Carlos, isso vai demorar muito.

— Amor, estive pensando... - ele sentou-se ao meu lado e me puxou para deitar com a cabeça no colo dele ― Quanto tempo você acha que devemos namorar até noivar?

— Dois meses? Dois dias?

— Princesa, tô falando sério - ele riu.

— Não sei... isso depende do casal. A Clara levou o maior tempão namorando o Bruno, já a mamãe e o papai nem podemos dizer que namoraram e noivaram.

— Acho que... com um ano de namoro, nós noivamos. Ficamos mais um ano noivos e casamos.

— Então você está me dizendo que vamos ficar nessa palhaçada de "sem sexo" por dois anos?

— Oh, peruquinha - ele sorriu e fez carinho em meu rosto com o dorso de sua mão ―, já esperamos tanto... só mais um pouco... garanto que vai ser bom.

— Mas não podemos ao menos fazer carícias mais íntimas?

— Em que você tá pensando, mocinha?

— Beijos, oral, carinhos... sem penetração.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora