CAPÍTULO LXXXVI

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NINA

NOSSA LUA de mel começou com o pé direito. Foi incrível nossa primeira noite de amor em Paris, o Carlos foi tão maravilhoso. Contei a ele enquanto tomávamos banho na banheira, que eu havia consultado minha antiga terapeuta e falado com ela sobre o que havia ocorrido com ele, sobre o fato de eu o desejar mais profundamente e ter medo dele ficar assustado, do medo dele de fazermos algo e ele achar que me machucaria, então foi ideia dela, fazer com que ele dominasse a situação.

E deu muito certo, foi uma noite maravilhosa. Mesmo depois ele me confessando que me chamar por nomes chulos não o agradava. Mas tudo é questão de costume, não é mesmo?

Agora, nossa primeira noite na Grécia não foi como a de Paris, não transamos, comi algo que me deixou enjoada o dia inteiro e ele não quis que fizéssemos sexo, achou que era melhor eu descansar.

Agora, no outro dia...

— Amor, melhor pararmos e comprar um chapéu pra você, esse sol tá forte demais.

— Está bem.

Paramos numa lojinha e compramos um chapéu de abas bem grandes.

— Seria melhor um sombreiro - disse Carlos debochando de minha cara.

— Seu besta!

Ele me fez sentar numa mureta, apanhou o protetor solar em minha bolsa, que ele levava, e passou no meu rosto.

— Vou comprar uma água bem geladinha pra você.

Ele saiu e me deixou sentada, logo se aproximou um cara de uns vinte e sete anos mais ou menos, me pedindo em inglês para tirar uma foto dele. Levantei, apanhei a máquina fotográfica do cara e ele fez pose para que eu tirasse a foto. Assim que terminei, bateu um vento e tirou o chapéu da minha cabeça. O rapaz pegou o chapéu e ao invés de me devolver, ele resolveu colocar em minha cabeça e quando fez isso, me deu uma cantada em inglês e eu me fiz de desentendida.

— What?

(O que?)

— You are beautiful. Accept to stay with me tonight, I'll keep you company, since you're here alone.

(Você é linda. Aceite ficar comigo essa noite, te faço companhia, já que está aqui sozinha.)

— I'm not alone. And respect me that I'm married!

( Não estou sozinha. E me respeite que sou casada!)

Mostrei minha aliança em meu dedo, mas parece que ele não se convenceu.

— I know this trick! Give me a chance to show you that I can make you come and satisfy you. I have enough money. Let's go to my hotel?

(Conheço esse truque! Me dê a chance de mostrar que posso te fazer gozar e te satisfazer. Vamos ao meu hotel?)

Comecei a pensar em chutar a cara daquele idiota.

Ele tentou segurar o meu pulso, quando senti sua mão sendo arrancada de perto de mim.

— What part of her is married you don't understand? Gringo son of a bitch!

(Que parte do ela é casada você não entendeu? Gringo filho de uma puta!)

Carlos chegou me tirando do cara, me passando para detrás dele e se impondo na frente do cara mostrando sua aliança no dedo.

— Sorry, I did not know.

( Me desculpe, eu não sabia)

— I did know, she told you an idiot. Now she will leave my wife!

(Sabia sim, ela te disse, idiota. Agora saia de perto da minha mulher!)

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora