CAPÍTULO I

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CARLOS

FUI CONVIDADO para jantar na casa da Adriana e do Eduardo. Após o casamento, a dedicação dela estava voltada para a gravidez.

Ela estava no sexto mês de gestação. Estava ainda mais linda do que sempre foi. Ainda não sabia o sexo do bebê, eles disseram que em todas as ultrassons não foi possível visualizar.

— Carlinhos, que bom que você veio - disse ela me recebendo na sala de estar da grande mansão do Eduardo.

— Carlinhos não pombas! Dri, você sabe que eu detesto quando me chamam por esse nome.

Eram quase oito da noite e a mesa já estava posta. Bruno e Clara também estavam presentes. Nos sentamos e o jantar foi servido. Jéssica e sua mãe também foram convidadas, mas não compareceram já que a Júlia não andava muito bem de saúde.

Terminado o jantar, fomos para a sala tomar um cálice de vinho do porto e jogar conversa fora.

— Carlos, te convidamos aqui para te fazer um convite - disse Eduardo se voltando para mim.

— Diga.

— Gostaríamos que você fosse o padrinho do nosso bebê - falou Adriana.

— Como é? - quase engasguei com o pouco do vinho que estava tomando.

— Eu não tenho muitos amigos... na verdade praticamente nenhum. E a Adriana gostaria muito que você aceitasse ser o padrinho. Já que ela te tem na mais alta conta - ele falou de maneira tão calma que parecia que estava me avaliando.

Olhei para Adriana como a verificar se era isso mesmo que ela queria. Ela me sorriu e seu rosto se iluminou com o olhar que ela me deu, um olhar de "por favor". Olhei para minha irmã, tentando saber qual era a opinião dela sobre aquilo. Ela não me demonstrou nada.

— Por que não pede para a Clara e o Bruno serem os padrinhos?

— Já serei irmão ... é suficiente pra mim - respondeu o Bruno.

Respirei fundo e aceitei.

— Quem será a madrinha?

— Jéssica.

— Já sabem o sexo do bebê?- perguntou o Bruno.

— Saberemos amanhã se ele ou ela permitir que visualizemos - disse Adriana.

— Será uma menina! - eu afirmei.

— Como tem certeza? - Adriana falou passando a mão na barriga linda que ela estava.

— Não tenho. Mas, sinto que... será uma menininha.

— Eu ficaria feliz, afinal o Eduardo já tem o Bruno.

— Se for menina, será mimada demais por esse pai aqui - disse Eduardo sorrindo e passando a mão na barriga da esposa.

— E já pensaram nas opções para nomes? - estava curioso para saber os nomes loucos que a Adriana poderia ter pensado.

— Eu gosto de Mateus para menino e Vera ou Ana para menina - disse ela.

— Vera não amor! - disse Eduardo retirando a mão da barriga da Adriana.

— Que tal Samuel para menino e Larissa para menina - opinou Clara.

— Gostei - disse Adriana.

— Samuel para menino e Nina para menina - bateu o martelo o Eduardo - Sempre gostei de Nina, é como diminuitivo para menina e, é delicado.

— Significa garota graciosa - disse Bruno balançando o celular.

Conversamos coisas banais até que resolvi ir de volta para minha casa. Meu trabalho naquela época tomava quase todo o meu tempo, já que eu estava no começo e queria mostrar serviço. Eram raras as vezes que conseguia sair e me divertir.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora