CAPITULO XII

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CARLOS

EU FIQUEI muito feliz e não deveria. A Nina passou a ficar mais um fim de semana comigo, devido a gravidez arriscada da Dri. Era algo ruim o motivo dela ficar, mas para mim foi um momento muito feliz, ter minha princesinha mais tempo comigo. Começamos todos a revezar durante a semana, um dia eu buscava ela no colégio, outro dia era o Bruno, a Clara, o Eduardo e até a Jéssica. Já que normalmente era a Dri quem fazia isso.

Com algumas semanas, eu estava aguardando a Nina encostado no meu carro, quando vi uma cena que me deixou muito desconfortável. O tal Lucas estava conversando com ela, deu-lhe uma flor e estava acariciando o seu rostinho.

— Ai, meu Deus... esse moleque é suicida! Vou ser preso novamente, pois vou matar esse menino.

A Nina veio caminhando em direção a saída e quando me viu, correu e se jogou no meu colo.

— Tio Ca, hoje foi você quem veio, achei que seria o papai.

— Ele me ligou e perguntou se eu poderia vir, já que ele foi levar sua mãe ao médico.

— Tô feliz!

— Feliz por que o tal Lucas está de namorinho com você? - perguntei sério olhando para ela e colocando ela no chão.

— Ele tá me paquerando... disse que quer namorar comigo.

— E você? Você quer?

— Não sei...

— Nina, você jurou pra mim que não ia namorar esse moleque!

Ela ficou calada. Será que aquele silêncio, era porque já estavam namorando e ela mentiu pra mim?

Fomos para minha casa, eu fiz uma salada com um pouco de arroz e peixe pra nós comermos e quando terminamos, eu peguei o computador e fui ver umas coisas do trabalho.

— Tio Ca.

— Eu!

— Posso jogar videogame?

— Tenho um jogo novo para você testar. Espera um pouco que vou jogar para a TV - como eu era designer de games, sempre estava trabalhando com personagens ou montagem de novos jogos, e sempre testava. A Nina começou a gostar de jogar e eu sempre testava com ela alguns não violentos. Os mais violentos eu mandava para o meu cunhado.

Assim, ela ficou horas jogando e eu trabalhando, até que ela cansou.

— Tio Ca, vamos fazer outra coisa.

— O que você quer fazer? - fechei o notebook e tirei os óculos.

— Vamos brincar de verdade ou desafio?

— Não. Tenho certeza que você iria me ferrar.

— Então... perguntas e respostas. O que você não quiser responder, toma... um copo com água.

— Tá - respirei fundo já sabendo que ia me afogar num copo d'água ou vários.

— Quem começa?

— Você, já que você é menina.

— Okay, senhor cavalheiro. Ahnnn... Você gosta mais da sua mãe ou do seu pai?

— Gosto dos dois.

— Não vale... tem que escolher um.

— Hummmm... meu pai!

— Certo.

— Minha vez... Quem é a pessoa que você mais ama no mundo?

— Pode ser duas?

— Não.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora