Capítulo 67

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Mariana

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Mariana

Acordei tão ansiosa que nem tomei café da manhã.Não sentia vontade alguma de comer, minha cabeça só pensava no resultado do vestibular que sairia hoje às cinco da tarde.

Tomei um banho gelado assim que levantei da cama e fui até a cozinha somente pra conversar com Bruno e Julia, tentar ocupar meu tempo e minha cabeça.

Minha amiga tinha acabado de entrar na cozinha e fomos muito bem recepcionadas pelo meu irmão.

— As gatinhas universitárias finalmente acordaram! — disse Bruno animado, quase gritando, batucando os dedos na mesa posta.

— Não passamos ainda — respondi, tentando não roer todas as unhas dos meus dedos.

— Exatamente, ainda — disse Julia, estranhamente animada — Mas às cinco vamos estar comemorando nossas aprovações!

— Como pode estar tão calma? — perguntei, olhando pra minha amiga com incredulidade.

— Eu só tô tentando manter a positividade — pegou uma torrada pronta da mesa e deu uma mordida — Você deveria fazer o mesmo — balançou o dedo indicador em minha direção.

— Eu não consigo — suspirei, sentando do lado do meu irmão — Tô mais nervosa do que tudo! — apoiei os cotovelos na mesa.

— Você é inteligente e se esforçou pra caramba, Mari — meu irmão se aproximou, me consolando com uma carícia no cabelo — Esse nervosismo é normal, mas logo passa.

— Não deixa isso te consumir, amiga — Julia veio pelo outro lado, passando um dos braços pelos meus ombros — É o seu primeiro ano de pré.Se você não passar, o que tenho certeza que não vai acontecer, você tenta de novo — acariciou meu ombro.

— Eu já tenho dezenove anos!Não quero estar fazendo cursinho aos vinte! — resmunguei.

— Mas isso é a coisa mais normal do mundo! — minha amiga exclamou, então deu uma pausa — Mas de qualquer forma, você não vai precisar fazer cursinho pré-vestibular aos vinte, porque você vai passar.Confia, tá bom? — Julia me examinou.

Eu só acenei com a cabeça e tomei um copo d'água, que foi só o que consegui beber.

Gustavo

Tava nervoso pra caralho, consegui nem pregar o olho direito na noite anterior só de lembrar que no dia seguinte tinha a possibilidade de eu ver a Mariana.

Bruno me falou pra visitar ele, e pau no cu do jeito que era, capaz de colocar a Mariana no primeiro ônibus pra casa do caralho, só pra ela não trombar comigo.Mesmo assim, eu tava nervoso pra cacete, o peito apertado de saudade.

Tentei ficar de boa e relaxar, provável que eu nem visse ela e só encontrasse com Bruno e Julia mesmo, se pá Mariana nem queria olhar na minha cara e pensar nisso me deixava puto.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora