Capítulo 60

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Mariana

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Mariana

Acordei disposta a estudar o máximo possível.Eu tinha total noção de que teria que me esforçar muito pra passar, primeiro porque eu não tinha imergido de verdade nos estudos nos últimos meses e, segundo, porque eu teria que entrar para uma faculdade federal.

Já arrumada, organizei minhas coisas na mochila e eu e Julia fomos juntas pro pré.Ela não estava tão bitolada quanto eu, com certeza não estava no meu estágio de desespero.Julia era inteligente demais e passaria em qualquer faculdade que se propusesse.

Nas aulas eu mal piscava de tanta concentração.Assim que o sinal tocou e eu e minha amiga guardamos os materiais, começamos a andar em direção ao seu carro.

— Admito que é um alívio não ter mais que pegar dois ônibus lotados todos os dias — disse pra Julia que estava no volante.

Ela sorriu por um instante e acenou afirmativamente com a cabeça, mas logo o sorriso de dissipou e minha amiga olhou pra mim, pensativa.

— O que foi? — retribui o olhar e coloquei minha mochila no banco de trás.

— É mesmo? — estreitou os olhos

— Hm? — franzi o cenho, sem entender.

— Um alívio — explicou, as mãos estáticas no volante — Você não sente saudade de... lá?

— As coisas lá no morro são meio afastadas, é mais prático viver aqui — respondi secamente.

— Você entendeu o que eu quis dizer, amiga — arqueou uma das sobrancelhas.

— Você me perguntou se eu sentia saudade de lá — me fiz de desentendida e ajustei o ar condicionado do carro.

— Certo — ela suspirou — Me deixa reformular a pergunta, então.Você sente saudade do Gustavo?É um alívio estar longe dele?

O simples fato de ouvir o nome dele fez meu coração dar um pulo.

— Eu não quero falar sobre isso — virei o rosto na direção da janela.

— Tá bom — ouvi ela dizer — Vamos pra casa, então — disse, então eu apenas assenti num movimento mínimo com a cabeça.

• • •

Bruno tinha acabado de chegar do trabalho quando entramos em casa.

— Oi! — me cumprimentou com um beijo carinhoso na cabeça e lançou um sorriso pra Julia — Como foi a aula?

— Essa aí tá no foco mesmo — Julia inclinou a cabeça pra mim e jogou sua mochila no sofá — Trocou meia palavra comigo e olhe lá.

— Eu quero muito conseguir passar esse ano — apertei as alças da mochila entre os dedos.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora