Capítulo 40

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Bruno

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Bruno

— Lorenzo Azevedo — a voz da recepcionista hospitalar ecoou pelo ambiente.

Ainda estava um pouco surpreso por não terem levado o moleque imediatamente numa maca, vendo o estado em que se encontrava.Mal conseguia ficar sentado naquele banco, não parava de xingar e gemer de dor.Bem, Gustavo fez um estrago no garoto.

Ele levantou com minha ajuda, o-segurei firme para que andássemos até a moça, que nos encarou.

— Os enfermeiros já estão vindo para cuidar dos seus ferimentos — ela direcionou a fala pro Lorenzo — Depois você vai ser encaminhado para um exame de radiografia — disse — Pode demorar um pouco, então sugiro que o senhor espere sentado — dessa vez olhou pra mim, e então apontou para os bancos nos quais estávamos sentados anteriormente.

Nós dois só assentimos com a cabeça, então vi os homens auxiliarem Lorenzo, passando com ele por uma porta de vidro e sumindo da minha vista.

Mariana

Eu já estava quase dormindo quando ouvi o barulho da porta do primeiro andar sendo aberta.Nem precisei descer pra saber de quem se tratava.

Não demorou muito para que eu ouvisse o barulho de algo sendo quebrado.Abri os olhos, suspirando alto.Não estava nada afim de ter que lidar com o Gustavo naquele momento.

Desci as escadas em direção a cozinha, onde estava Gustavo.Ele estava sem camisa, descalço, apenas com uma bermuda.

Vi seu olhar sobre mim assim que passei pela porta.Ele com certeza não estava sóbrio, o cheiro de álcool era insuportavelmente forte e seu olhar estava bem distante.

— Você tá bêbado? — me aproximei, tomando cuidado pra não pisar nos cacos de vidro do chão.

— Não — mentiu — Agora sai— falou embolado.

— Vem cá, eu vou te ajudar, te coloco no chuveiro — tentei me aproximar, mas ele só andou pra trás, parecendo irritado.

— Caralho, não começa a encher — foi o que entendi das suas palavras, enquanto continuava se distanciando.

Tentei andar até ele, que estava prestes a cair no chão, mas tudo que consegui foi o corte de um pequeno caco de vidro no meu pé.

— Droga! — senti a dor e olhei meu calcanhar, que sangrava um pouco.

Gustavo parecia estar com a cabeça em outro mundo, nem tinha notado a situação ou, se viu, pareceu não se importar.

Tratei de procurar um curativo na caixinha de medicamentos do banheiro.Assim que o fiz, desci novamente pra cozinha, me deparando com Gustavo deitado no chão.

— Gustavo! — segurei seu rosto, balançando — Não dorme, tem que ficar acordado — suspirei, vendo que ele abrir os olhos.

Ele xingou algo que não entendi então o-ajudei a ficar em pé.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora